O banco de esperma – a exemplo do serviço de reprodução humana mantido pela Faculdade – será o primeiro do Grande ABC. De acordo com Barbosa, na Região Metropolitana de São Paulo apenas o hospital Albert Einstein e clínicas particulares possuem bancos desse tipo.
“A necessidade de um serviço de congelamento é grande. Pode-se projetar que surjam, a cada ano, mil novos casos só de leucemia (tipo de câncer que atinge o sangue). Portadores dessa doença poderão congelar esperma antes de começar o tratamento, que compromete a capacidade de reprodução”, disse.
No caso de mulheres interessadas em receber esperma de doadores desconhecidos, o banco deverá garantir o sigilo para as duas partes.
Melhorias –A capacidade atual de atendimento do setor vai triplicar a partir do dia 1º de fevereiro, quando entram em operação as novas instalações. O atendimento passa a ser feito em quatro consultórios. Hoje, existe uma sala de ultrassonografia e um consultório, que atende entre 15 e 18 casais por dia.
A Faculdade passa a atender também, no período da tarde, pacientes com convênio médico. Durante a manhã, as consultas serão apenas para pessoas encaminhadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“No caso dos convênios, vamos oferecer um serviço com preço bastante inferior ao de clínicas particulares”, explicou o médico.
Em procedimentos de fertilização e inseminação artificial adotados pela instituição, o custo do tratamento chega a ser até 85% menor. Esta é a diferença, por exemplo, quando se usa o método ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide - o óvulo é segurado pelo médico por uma micropipeta, enquanto o espermatozóide é injetado com uma microagulha), que na Faculdade sai por R$ 1.050, contra os R$ 7 mil cobrados em clínicas particulares.
Foram investidos cerca de US$ 220 mil (R$ 638 mil) na ampliação do serviço. A expectativa da Fundação é reduzir a formação das filas que acontecem pela manhã. Segundo Barbosa, a espera para pacientes do SUS é de cerca de um mês hoje, enquanto no Hospital das Clínicas, esse tempo chega a dois anos.
De acordo com a assessoria de imprensa da Faculdade, a taxa de fertilização no procedimento de inseminação artificial intra-uterina é de 80%, com 20% de chances de gravidez. Os índices são similares a outros serviços de reprodução assistida de São Paulo, segundo Barbosa.
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