Ainda em cartaz com o drama Amor sem Fronteiras, cujo roteiro levou-a a empenhar-se em causas humanitárias, Angelina Jolie estrela mais um filme que entra nesta sexta no circuito da região. É o suspense Roubando Vidas (Taking Lives, EUA, 2004), de D.J. Caruso, que dá continuidade a uma série de produções duvidosas protagonizadas pela beldade, filha de Jon Voight, ex de Billy Bob Thornton e vencedora do Oscar de atriz coadjuvante por Garota, Interrompida (1999). Outros escorregões no currículo de Angelina são Lara Croft – Tomb Raider, Pecado Original, Uma Vida em Sete Dias e Tomb Raider: A Origem da Vida, este a continuação da adaptação do jogo de videogame.

A atriz, agora, faz uma perita em perfis de criminosos – em O Colecionador de Ossos, ela vive uma jovem policial que está à caça de um serial killer. Para isso, conta com a sorte de principiante e um mentor já aposentado dentro da corporação (Denzel Washington). Já como Illeana Scoot, de Roubando Vidas, ela não acredita nas técnicas tradicionais de solução de crimes. Sua abordagem intuitiva e não-convencinal torna-se muitas vezes a única saída da polícia para descobrir a identidade dos criminosos. Como se isso fosse verossímil na atualidade nos Estados Unidos, com tantos recursos à disposição da polícia.

A missão de Illeana é viajar para Montreal, no Canadá, e descobrir que é o assassino serial que vem infernizando a cidade. A policial acredita que o criminoso é um rouba-vidas, ou melhor, um assassino que assume a identidade de suas vítimas – como se um John Ripley, o personagem dos livros de Patricia Highsmith, estivesse à solta nas ruas. O caso, para Illeana, torna-se pessoal quando percebe que toda corporação está contra ela e contra seus métodos incomuns. Como o diretor é norte-americano (das séries Smallville e The Shield), ele não poderia deixar de alfinetar os eternos rivais canadenses. Em outras palavras, Illeana vira o jogo, soluciona o caso sozinha e deixa os colegas de Montreal boquiabertos. Com Ethan Hawke e Kiefer Sutherland.