Diferentemente da polêmica que causou na edição de Botucatu, no ano passado, o exame antidoping deverá ser mais tranqüilo. É o que garante o coordenador de Esportes e Lazer da Secretaria Estadual Antônio Carlos Pereira. "Todas as delegações foram avisadas com antecedência e cerca de 30 atletas serão sorteados para fazer o teste após os Jogos", explicou o dirigente. No ano passado, nenhum competidor foi flagrado no exame.

Os testes serão analisados no Ladetec (Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico), do Rio, único no país credenciado pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro), o COI (Comitê Olímpico Internacional) e recomendado pela Wada (sigla em inglês para Agência Mundial Antidrogas). No entanto, o atletismo estará de fora em virtude do Troféu Brasil, que acontece neste final de semana. "Cerca de 90% dos competidores que estarão no Ibirapuera participaram dos Abertos. Se alguém for flagrado neste período, o resultado nos Jogos será prontamente suspenso", afirmou Pereira.

O dirigente lembrou que a edição de Botucatu teve problemas porque algumas delegações afirmaram que não foram avisadas com antecedência do exame. "Este ano não tem desculpa", complementou o dirigente, que pretende adotar uma estratégia diferente da do ano passado. Outro fator que atrapalhou o processo foi a falta do dispositivo recomendado pela Wada, um conjunto de vidro utilizado em provas internacionais.

Em São Bernardo, entretanto, a coordenadoria pretende adotar uma estratégia diferente do ano passado. Os competidores que terminaram entre a quarta e décima colocação entrarão no sorteio em detrimento dos primeiros colocados. "Em 2005, sorteamos os atletas que estiveram no pódio. Eles estão acostumados a fazer o exame e são controlados o ano todo. Em média, fazem de três a quatro testes por dia", disse. De acordo com Pereira, o cronograma foi mudado para que todos sejam avaliados.