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Comissão discutirá lei para bares e restaurantes
Do Diário Online
02/06/2017 | 15:01
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Denis Maciel/DGABC


Os empresários do segmento de bares e restaurantes de Santo André está mobilizados contra a nova Lei que limita o horário de fechamento até às 22h na cidade. A categoria decidiu criar uma comissão de representação para levar a reivindicação à Prefeitura. A decisão foi tomada durante reunião entre representantes do segmento e do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), realizada ontem.

A Lei 9924/2016 de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo foi alterada e aprovada em dezembro do ano passado, ainda na gestão do ex-prefeito Carlos Grana (PT). De acordo com a norma (artigo 120 – parágrafo 3º), casas noturnas como dancing, boates e bares, com ou sem música ao vivo ou mecânica, localizadas em vias locais, terão seus horário de funcionamento restrito até às 22h.

“Esta decisão traz um grande problema para o nosso segmento porque o fechamento antecipado representa eliminar um turno de trabalho do estabelecimento. Isto gera desemprego, reduz faturamento, leva ao encerramento da atividade e, consequentemente, menor arrecadação municipal. Sem contar que o consumidor migra para cidades vizinhas, se não encontrar aqui o que procura”, explica o presidente do Sehal, Roberto Moreira.

Outra crítica foi o fato de a Lei ter sido alterada sem a participação de representantes do setor. “Ficamos sabendo da nova norma porque fomos procurados por um associado com a notificação para a redução dos horários da atividade sob pena de lacração”, explica a consultora e advogada do sindicato Denize Tonelotto. “Sugerimos, inclusive, que a municipalidade altera o ‘anexo da lei’ para aumentar o número de ruas onde seria permitido funcionar, além das 22h”, acrescenta a advogada.

Os representantes do SEHAL explicaram que tinham conhecimento que a Lei vinha sendo discutida há cerca de três anos. “Mas não havia qualquer indício que passaria por aprovação na Câmara. De repente é sancionada no fim do ano?,” questiona Moreira.

Moreira salientou que o Prefeito Paulo Serra (PSDB) ficou surpreso com a norma aprovada na gestão passada, e mostrou disposição em fazer uma análise jurídica e nos convidou a ajudar no levantamento de quais locais são os mais afetados.

Também consultor e advogado no Sehal, João Manoel Pinto Neto, destacou a importância do movimento e representação da categoria. “Hoje, o problema pode não afetar determinado estabelecimento, mas atinge seus vizinhos. E o que acontece? A localidade deixa de ser um polo de atração afugentando os consumidores para outras regiões.


Também na base de associados do sindicato, os motéis e drive-in foram afetados com a nova regulamentação. Os estabelecimentos só podem estar localizados na Avenida do Estado, Avenida Costa e Silva, Avenida Prestes Maia, Avenida Giovanni Baptista Pirelli e Capitão Mário de Toledo. A principal dúvida dos representantes do SEHAL é saber como ficam os que estão em funcionamento em outros endereços. 




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