Setecidades Titulo Contra enchente
IPT é contratado para auditoria do Projeto Drenar em São Bernardo

Instituto deve apresentar diagnóstico sobre o
execução das obras em S.Bernardo em até 12 meses

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
17/05/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


As obras do Piscinão do Paço e demais intervenções do Projeto Drenar, sob responsabilidade do Consórcio Centro Seco (formado pela OAS e Serveng Civilsan), em São Bernardo, serão alvo de auditoria contratada pela administração junto ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). O convênio, firmado ontem no valor de R$ 3,7 milhões, prevê basicamente diagnósticos físico e financeiro dos trabalhos, iniciados em dezembro de 2013. O objetivo é definir novo prazo de entrega para as melhorias que prometem findar com as enchentes na área central da cidade, extrapolado em quase seis meses.

Embora reconheça que o andamento das obras contratadas pela gestão Luiz Marinho (PT) esteja “abaixo do desejável”, o prefeito Orlando Morando (PSDB) descarta a paralisação dos trabalhos por parte do Consórcio Centro Seco durante o período de coleta de dados pelo IPT, previsto para ser concluído em 12 meses. “Neste momento, eles (trabalhadores) estão concretando o fundo do piscinão. A expectativa é a de que a gente já tenha a primeira análise do IPT em 180 dias e, com isso, consiga pedir para acelerar e estimar prazo definitivo para conclusão da obra.”

A justificativa do prefeito para a contratação da auditoria passa por dificuldade de diálogo com o consórcio responsável pelas intervenções. “Chegamos no dia 1º de janeiro com aquilo que todos nós conhecíamos. Um buraco aberto, um túnel inacabado e um contrato desconhecido. Primeiro pedido foi de um novo aditamento, o que negamos ao consórcio. Agora, não dá para a gente dar sequência para qualquer rumo, sem de fato saber o que existe. O que foi feito, o que foi pago, o que foi medido. E todos nós precisávamos ter segurança para dar sequência”, explica.

Calculadas inicialmente em R$ 295,8 milhões, as obras na região central de São Bernardo já chegam ao valor de R$ 319 milhões, após aditivo aprovado em setembro de 2016. Entretanto, novo pedido de suplementação (no valor de 34 milhões) foi negado tanto pela administração municipal quanto pelo governo federal. Até o momento foram colocados recursos de R$ 185 milhões nas intervenções, sendo parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Apesar dos problemas, Orlando Morando garante que é desejo da administração concluir o conjunto de obras, o qual prevê, além de piscinão capaz de armazenar até 220 milhões de litros, galerias construídas sob a Rua Jurubatuba e a Avenida Aldino Pinotti. “O Centro Seco é uma prioridade, primeiramente para acabar com a enchente da cidade, razão pela qual o projeto foi colocado. Não vou aqui julgar se é o mais certo. Já expressei a minha opinião, considero que aquele túnel não era necessário. Poderíamos ter feito projeto de drenagem mais rápido e econômico. Mas, enfim, nossa obrigação é concluir”, destaca.




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