Um projeto de geração de energia elétrica a partir da água de lagos, riachos e lagoas, desenvolvido pelo Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), em São Bernardo, recebeu prêmio estadual de incentivo.

O equipamento foi fabricado a partir de sucata. Trata-se de um gerador que movimenta o leito, sem a necessidade de uma queda d'água, produzindo assim energia, que fica armazenada em baterias e pode abastecer pequenas residências.

Entre outros materiais, o professor de Engenharia Mario Kawano, que desenvolveu o projeto, utilizou uma hélice de barco, baterias de caminhão e canos de plástico.

Segundo Kawano, o gerador é capaz de produzir até 20 watts, que servem para alimentar lâmpadas e eletrodomésticos, como televisores, liquidificadores, cortadores de grama ou furadeiras.

"É claro que a utilização é restrita por um período determinado, mas é uma alternativa para as famílias de baixa renda que não têm condições de obter energia elétrica", explica o professor.

O projeto ficou em primeiro lugar na categoria Incentivo à Pesquisa da Agrifam (Feira da Agricultura Familiar e do Trabalho Rural), realizada entre os dias 13 e 15, em Agudos, no interior de São Paulo.

Nos próximos dias, o equipamento, que pesa cerca de 20 quilos, será colocado em exposição nas dependências da FEI, juntamente com um vídeo de demonstração de seu funcionamento.

O protótipo do gerador social custou cerca de R$ 600. Se subsidiada pelo Poder Público ou mesmo por empresas, a iniciativa pode aumentar o conforto das famílias pobres do campo sem poluir o meio ambiente.

"Em cidades do Interior, borracharias cobram até R$ 10 para pessoas que não têm energia elétrica, mas querem carregar a bateria de um celular, por exemplo. Esse gerador, acabaria com isso", pondera Kawano.