Depois de empatar uma e ganhar duas vezes na Série A-2 do Campeonato Paulista, o técnico Fahel Júnior espera que o Santo André se livre definitivamente dos fantasmas que o incomodaram na Série B do Brasileiro do ano passado. É a chamada síndrome do rebaixamento de quem, antes de quase afundar à Série C, já havia caído à Segundona estadual.

No grupo, todos reconhecem que os pontos desperdiçados no Grande ABC quase derrubaram o Santo André. No início da atual temporada, Fahel, a comissão técnica, dirigentes e atletas estabeleceram um alvo imediato: não vacilar no Bruno Daniel. “É fundamental que a gente faça os deveres de casa. Caso contrário, a responsabilidade irá pesar muito mais”, supõe Fahel, ao se referir ao risco de um possível comodismo de quem está entre os primeiros da tabela.

Atualmente, o Santo André ocupa o 4º lugar – sete pontos, apenas dois atrás da líder Portuguesa Santista (nove). Atlético Sorocaba (2º) e Grêmio Catanduvense (3º) também somam sete, mas levam uma pequena vantagem em dois critérios. O bom desempenho em três rodadas ainda não ilude Fahel, que liga o alerta. “É apenas o começo da temporada. O campeonato é longo e muito equilibrado. Não podemos relaxar”, reafirma.

O ala-esquerdo Jaílson, considerado um dos mais experientes da turma, tem a mesma opinião do comandante. Segundo ele, o Santo André não pode cometer descuidos, principalmente ao atuar no ambiente doméstico. “Aqui, temos a obrigação de manter uma postura vencedora. As dificuldades aumentarão lá fora”, prevê.

O volante Fernando concorda. O capitão acha que a Série A-2 é tão pesada ou até mais do que a Série B. “É na força e na correria”, analisa.