O delegado responsável pela investigação das causas do acidente com um microônibus da Viação Imigrantes, que matou uma adolescente e feriu mais quatro pessoas, descartou a possibilidade de o motorista ser enquadrado por homicídio doloso (com intenção de matar). O veículo invadiu um ponto de ônibus no Jardim Gazuza, em Diadema, no último sábado.

O motorista do veículo, Luiz Carlos Leite Oliveira, admitiu à polícia que ingeriu quatro doses de conhaque horas antes do acidente. No entanto, para Marcos Dário Mariano da Silva, delegado do 3º DP de Diadema, “mesmo se houver a comprovação de que o motorista dirigia sob o efeito de bebidas alcoólicas, não há caracterização do dolo”. O caso permanecerá registrado como homicídio culposo e lesão corporal culposa (sem intenção).

O Instituto de Criminalística de São Bernardo, responsável pela perícia do microônibus e do tacógrafo (equipamento que monitora a velocidade e o tempo de uso do veículo), informa que os laudos estarão prontos em no máximo 40 dias. De acordo com o IML (Instituto Médico Legal) de Diadema, a amostra de sangue do motorista foi encaminha para análise na Capital. O o exame ficará pronto em até três meses.

Uma das vítimas, a estudante Tamiris da Silva Barbosa, 15 anos, permanece internada em estado grave na UTI do Hospital Mário Covas, em Santo André. Segundo a família, os médicos farão nova avaliação após a realização de um exame de ressonância magnética.