A Polícia Militar Ambiental flagrou ontem, em Rio Grande da Serra, derrubada de eucaliptos em área de proteção permanente. Segundo a tenente Paola Wohnrath Mele, o responsável pelo crime ambiental recebeu dois autos de infração ambiental (sendo um de multa e outro de advertência), assinou um termo circunstanciado e irá responder judicialmente.

A tenente afirma que ele procurou a polícia ambiental e os órgãos responsáveis para pedir autorização e foi orientado a procurar um engenheiro para auxiliá-lo na demarcaçao. "Parece que foi feita a consultoria, mas mesmo assim o corte aconteceu em área proibida. É permitido cortar eucalipto, mas não em área de proteção", explica a tenente.

Segundo João Gualberto, da Defesa Civil, o responsável - que tinha uma procuração do proprietário do terreno - devastou uma área de 580 mil metros quadrados, mas 0.3 hectares - cerca de 3.000 metros quadrados - estavam dentro de área de proteção, o que não permitia o corte das árvores.

Gualberto observa no entanto que não havia nenhuma autorização da Prefeitura para mexer na área, nem para movimentação de terra no local.

A tenente afirma ainda que o proprietário do terreno havia dado entrada para devastar a área a fim de fazer um loteamento, mas largou o processo no meio. "Por isso não sabemos se o espaço aberto seria para esse destino. As árvores retiradas seriam vendidas em outro Estado."