A saga do personagem que rouba dos ricos para dar aos pobres já foi adaptada dezenas de vezes para o cinema. A mais nova montagem ficou a cargo de Ridley Scott, que apresenta sua visão de "Robin Hood", atração que chega hoje aos cinemas e com oito cópias no Grande ABC. Diferente de outros filmes, o veterano diretor aposta na vida do personagem antes de ele se tornar um fora da lei.

O roteiro se passa no século 12, quando o Rei Ricardo ‘Coração de Leão' viaja em cruzadas pela França. Em meio a seu poderoso exército está o experiente arqueiro Robin Longstride (Russel Crowe). No último ataque do grupo antes de retornarem para suas casas, o monarca é morto em combate.

O fato faz com que o reino inglês fique enfraquecido e seja o momento ideal para um forte ataque francês. Acompanhado por seu bando, Robin chega a Nottingham, onde conhece a viúva Lady Marion (Cate Blanchett) e uma dura realidade movida pela corrupção. Eles terão de deixar de lado a insatisfação com a chegada de um novo rei ao poder para impedir uma guerra civil e unificar a Inglaterra contra a invasão dos inimigos.

A produção tem como foco a origem da heroica figura - que não se sabe se realmente existiu - e mostra o nascimento do trabalho de ajudar a população pobre que está nas mãos do mesquinho Rei João. O núcleo em que seu interesse romântico vive representa muito bem a dura vida daqueles que precisavam pagar altos impostos, não muito diferente do que ocorre hoje.

Com orçamento de cerca de US$ 130 milhões, "Robin Hood" não economiza nas belas cenas de ação intercaladas por interessante trama romântica e histórica. A dupla Scott e Crowe, que trabalha junta pela quinta vez, revive os bons tempos do longa-metragem "Gladiador" (2000). Dependendo da receptividade do público, o fora da lei terá novas aventuras a serem apresentadas em produções futuras.