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Avenida dos Estados: dos buracos ao congestionamento
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
16/02/2003 | 20:28
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Mais uma faixa da avenida dos Estados – a terceira – estava liberada domingo perto do viaduto Adib Chammas, sentido Santo André-São Caetano. No começo da semana passada, a vida do motorista estava bem pior: apenas uma das quatro pistas podia ser usada. Buraco na avenida dos Estados, entretanto, é história.

Os problemas na via, que corta Mauá, Santo André, São Caetano e São Paulo, não são os de antigamente: buracos enormes, erosão e falta de contenção das margens; mas o trânsito, cada vez mais complicado. Hoje, em razão do excesso de carros.

A avenida é conhecida por estar quase sempre com um trecho em obras, como na semana passada, em Santo André, mas, segundo o professor da UniFEI (Centro Universitário da Faculdade de Engenharia Industrial) Wlastemiler de Senço, as reformas são necessárias para manter a condição de tráfego da via.

De 2001 a janeiro de 2002, o Daee (Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica) conteve as margens do rio Tamanduateí entre São Paulo e São Caetano, canalizando o trecho. Como o órgão não teria verba para estender a contenção a Santo André, a Prefeitura assumiu a obra e vem recuperando as margens do rio. A contenção até São Caetano é definitiva; a de Santo André, não, mas prepara a canalização. Nos 600 metros de avenida em Mauá, as encostas são naturais.

“Em 1997, a avenida mal existia. Mapeamos os pontos críticos assumimos as obras que o Estado não faria”, explicou o superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Sebastião Ney Vaz Júnior.

O superintendente do Daee, Ricardo Daruiz Borsari, disse que não fez as obras em toda extensão da avenida por causa das prioridades do Plano de Macrodrenagem do Estado. “Com a construção de piscinões, a bacia do Tamanduateí tem uma notável diferença na diminuição dos efeitos nas margens do rio que reflete nesse trecho da avenida dos Estados. A Prefeitura de Santo André tem feito obras e não vamos reformar algo só para ficar bonito. Então, agimos nas áreas mais críticas, que eram os trechos entre São Paulo e São Caetano. Mas se for necessário, vamos fazer outras obras.”

As melhorias feitas pelo Daee e Prefeitura reabriram a avenida ao tráfego. Resta a estreiteza da pista e os congestionamentos, que sucederam os buracos.

Para o professor Wlastemiler de Senço, o pavimento da avenida melhorou muito, mas não comporta o tráfego de hoje. “Uma solução existe, que seria a desapropriação das casas nas laterais. Só que isso custaria muito e não sei se as administrações teriam como custear. Mas a avenida é uma rota importante para o transportes de carga da região.”

O tráfego pesado não desgasta tanto as contenções. “As margens são afetadas pela umidade do rio. Quanto ao pavimento, o adequado seria que o solo fosse removido e substituído. A avenida de fato é muito estreita e as administrações deveriam estudar uma opção porque é uma região muito importante e a via é responsável por parte da carga que vem do Porto de Santos para São Paulo e vice-versa”, disse.




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