Um erro no atestado de óbito quase transferiu o enterro do seqüestrador Fernando Dutra Pinto para esta quinta-feira. De acordo com o atestado, o corpo deveria ser enterrado em Poá e não no Cemitério Jardim das Flores, em Cotia, onde foi velado durante toda a tarde. A advogada do cemitério, Sueli Rocha da Silva, autorizou que o corpo fosse sepultado no local. Inicialmente, o enterro estava marcado para às 17h, mas acabou acontecendo no início da noite.

O irmão Esdras Dutra Pinto e a namorada Luciana dos Santos Souza, conhecida como Jenifer, permaneceram no velório por cerca de 20 minutos. Acusados de estarem envolvidos no seqüestro de Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, Esdras e Luciana receberam autorização judicial para participar do velório. Quarenta policiais de Cotia fazem a segurança no local.

O corpo de Dutra Pinto havia ficado retido no Instituto Médico Legal (IML) desde o último dia 3. A pedido da Secretaria de Segurança Pública, o corpo ficou no IML para serem realizados exames e evitar uma eventual exumação.

O laudo oficial que revela a causa da morte deve ser divulgado nesta quinta-feira. Dados já divulgados pelo IML apontam morte por pneumonia. Exames também encontraram maconha na urina do seqüestrador.

Dutra Pinto, que seqüestrou Patrícia Abravanel, filha do empresário Silvio Santos, morreu em 2 de janeiro no Centro de Detenção Provisória do Belém, zona Leste de São Paulo.