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Aciarp vai vender casarão dos anos 30 em R.Pires
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
27/10/2003 | 21:42
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Uma ação trabalhista deve obrigar a Aciarp (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires) a vender um antigo casarão da década de 30, que a entidade mantém fechado há cinco anos, no Centro Alto da cidade. Para o presidente da Aciarp, Marcelo Menato, a venda do imóvel vai permitir à entidade sanar dívidas e passar a casa a alguém com condições de recuperá-la.

Apesar de a casa não ser tombada nem ser considerada patrimônio histórico, o casarão já foi sondado para abrigar até o Museu de Ribeirão Pires, mas desde 1998 está abandonado e sofre com a ação do tempo e de vândalos. A casa está fechada desde que a Prefeitura devolveu-a à Aciarp. À época, a entidade alegou que a casa necessitava de reforma e se recusou a receber o imóvel, mas, depois de uma ação judicial, a associação foi obrigada a receber a casa de volta, mantida fechada desde então.

Agora, a casa ficará à espera de um comprador que possa reformá-la. “Realmente estamos pensando em vender o imóvel porque temos uma ação trabalhista que nos consumirá cerca de R$ 1,5 mil por mês e não temos dinheiro sobrando para pagar a indenização”, admitiu Menato.

Avaliada em cerca de R$ 150 mil, a casa deve consumir mais R$ 60 mil para ser recuperada, segundo o presidente da Aciarp. “Claro que é um imóvel bonito e que seria uma bela sede para a Aciarp, mas, como não temos verba para a reforma e precisamos de dinheiro por conta dessa ação, o melhor é vendê-la a alguém que possa, além de nos dar esse fôlego financeiro, recuperar a casa”, disse Menato.

A vice-presidente do Instituto do Patrimônio do ABC, Anna Gedankien, lamenta a venda do imóvel. “Existem outras casas tão bonitas quanto esta, mas acredito que, estando nas mãos da associação comercial, seria mais fácil preservá-la; porque, se passar para um particular, não podemos criar um museu no local, por exemplo. Apesar das informações de que está deteriorada, a casa ainda está em bom estado para ser recuperada.”

Construída há 70 anos pelo armeiro Augustinho Figueiredo para ser a moradia de sua família e servir como oficina de conserto de armas, o casarão foi comprado pela Prefeitura em 1968 e utilizada por diversos setores da administração até que foi cedida para a associação. Em 1992, a Prefeitura alugou o imóvel e devolveu em 1998.




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