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Veículos urbanos de carga são saída para transportadoras
Luciano Cavenagui
Vanessa Fajardo
02/07/2008 | 07:11
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As transportadoras do Grande ABC procuram meios para escapar da restrição de circulação de caminhões imposta pela nova lei em vigor na Capital. Uma delas é a utilização dos VUCs (Veículos Urbanos de Carga) que obedecem um rodízio menos rígido - os que têm placa com número final ímpar podem rodar nos dias ímpares e os pares, nos dias pares.

A Casas Bahia confirmou por meio de sua assessoria de imprensa que tem efetuado as operações logísticas com os VUCs da frota. O diretor-geral da transportadora Grecco, de Mauá, Paulo Roberto Campos, diz que isso será tendência no segmento. Ele acredita que, aos poucos, as empresas substituirão os grandes veículos pelos menores.

Mas o presidente do Setrans (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do ABC), Antônio Caetano Pinto, aposta que as mudanças aumentarão o custo do serviço. "Os veículos de médio e grande porte podem ser substituídos por Kombis, por exemplo. Um caminhão deve se transformar em seis peruas. Isso vai encarecer o frete, pois também será preciso mais funcionários", afirmou Pinto, que também comanda a Transportadora Grande ABC, de São Bernardo.

O diretor de operações da Ceva Logistics, Ricardo Melchiori, afirmou que em 2002 a empresa começou a se preparar para uma possível restrição de circulação. "Iniciamos um projeto de entrega noturna e montamos uma malha logística com depósitos de distribuição localizados em três níveis de distância do Centro de São Paulo: 25 quilômetros (Diadema), 50 quilômetros (Jundiaí) e 80 quilômetros (Salto)." Com isso, a frota que circula entre um Estado a outro não chega a 4%.

Segundo o presidente da Ryder Logística, Antonio Wrobleski, os operadores logísticos mais atentos já trabalhavam com o cenário em que só poderiam atuar na Capital fora do horário comercial. "As empresas que se julgam afetadas pelas limitações nas entregas e na movimentação de caminhões devem reavaliar seu modo de atuação."




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