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Rebelião em Unaí (MG) acaba após 33h, com 4 mortes
Do Diário OnLine
18/02/2003 | 21:26
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Após cerca de 33 horas de rebelião, a Polícia Militar de Minas Gerais anunciou o fim do levante na Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior, em Unaí (Noroeste de Minas, a 653 km de Belo Horizonte). O carcereiro Walter Souza Rocha, 23 anos, foi libertado no começo da noite desta terça sem ferimentos. Ele foi mantido refém pelos detentos desde o começo da rebelião – por volta das 8h15 da última segunda-feira. Quatro presos foram mortos durante o motim.

A rendição ocorreu depois que os rebelados desistiram de exigir a saída do diretor da penitenciária, o coronel da PM Geraldo Antônio de Oliveira. Houve acordo para os 14 itens restantes da pauta de reivindicações entregue pelos amotinados. Transferência de presos, revisão de penas e o aumento das visitas íntimas durante o Carnaval estão entre as exigências aceitas.

A PM de Unaí anunciou que promoverá uma revista nas celas da presídio nesta quarta-feira pela manhã. O policiamento está reforçado no local desde segunda-feira.

Motim - A rebelião teve início por volta das 8h15 da última segunda-feira, quando três detentos pularam um muro usando cordas artesanais ('teresas') e renderam os carcereiros Walter Souza Rocha e Rodrigo Maciel Bertoldo. A partir daí, todos os aproximadamente 300 presos dos quatro pavilhões do regime fechado deixaram as celas e engrossaram o motim.

Segundo a polícia, os quatro detentos foram mortos por conta de rivalidade. Dois seriam estupradores e os outros dois seriam líderes de facções rivais. Os amotinados ainda mantiveram dez presos (a maioria estupradores) como reféns.

O carcereiro Rodrigo Maciel Bertoldo só foi libertado na manhã desta terça-feira, após mais de 24h de motim. Ele saiu da penitenciária sem sofrer ferimentos.

Segundo a PM, o presídio Agostinho de Oliveira Júnior não está superlotado. Com capacidade para 500 presos, a penitenciária abriga 440 atualmente.




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