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Grupo empresarial evangélico manifesta interesse no Best
Clarissa Cavalcanti
Do Diário do Grande ABC
04/08/2005 | 10:50
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Invadido nesta terça-feira por 25 pessoas que danificaram parte das instalações em busca de sucata para venda em ferro-velhos, o Best Shopping está nos planos de um novo investidor, interessado em adquirir o estabelecimento, em São Bernardo.

O Grupo Vega, de São Paulo, integrado por empresários de diversos ramos e ligado à igreja evangélica pretende transformar o prédio em um shopping gospel. O novo local se chamaria Gospel Mix e abrigaria lojas com produtos voltados para o público evangélico. O grupo ainda negocia com os 86 proprietários do Best.

Um dos proprietários do Best, José Gonçalves Teté, diz que o grupo é o principal interessado em comprar o shopping, mas a venda do prédio ainda está em fase de negociação - o valor deve ficar entre R$ 8 milhões a R$ 12 milhões. Porém, Teté teme que a invasão desta terça, que provocou prejuízo de cerca de R$ 1 milhão, afaste os investidores.

Paulo Roca, gerente de incorporação e negócios da imobiliária Valentina Caran - que faz a mediação do possível negócio - avalia que a invasão não deve atrapalhar as negociações e que o problema é o grande número de proprietários que não chegam a um acordo. Ele diz que uma das propostas discutidas é um prazo de carência para o pagamento, já que o valor estimado para a reforma é de pelo menos R$ 3 milhões.

O diretor do Grupo Vega, Cléber Albertoni, confirma o interesse em comprar o Best Shopping. Segundo ele, empresários têm a intenção de construir quatro shoppings com o tema gospel no Estado. Albertoni afirma, que além de não chegar a um acordo com os proprietários, por conta do prazo de pagamento, ainda estuda problemas municipais do imóvel, como a dívida de impostos de cerca de R$ 2,7 milhões. Se as negociações prosseguirem, o diretor espera fechar o negócio até o final do ano. "Decidimos investir nesse segmento porque percebemos que o público evangélico está crescendo na região."

Teté diz que não há problemas de consenso e todos os proprietários querem vender o imóvel. A dificuldade é entrar em um acordo em relação ao prazo de pagamento conveniente para o grupo e para os proprietários. "Todos estão interessados no negócio, só esperamos uma boa proposta."

Ele também cogita a idéia de oferecer o imóvel para a Prefeitura de São Bernardo por tempo pré-determinado, para que o lugar seja usado como o poder público preferir. Além disso, haveria outro grupo interessado em instalar uma faculdade no prédio.




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