O 8º Grupamento de Incêndio, em parceria com o Sats (Serviço Aéreo e Terrestre de Salvamento e Proteçao Ecológica), vai realizar neste domingo o serviço de manutençao da cerca de proteçao da Pedra Lisa, formaçao rochosa localizada em Paranapiacaba, em meio ao Parque Estadual da Serra do Mar. A cerca, que foi instalada em 2 de novembro de 1992 e encontra-se deteriorada pela açao do tempo, vai ganhar sinalizaçao e 170 m de cabos de aço novos.

Estatísticas do Corpo de Bombeiros dao conta de pelo menos 214 feridos e 29 mortos no local antes da instalaçao da cerca, considerada hoje a medida de prevençao de acidentes fatais mais bem-sucedida das já realizadas na regiao. "A instalaçao da cerca há sete anos, realizada pelo projeto Anjos da Guarda, evitou que acidentes fatais continuassem acontecendo no local", afirmou o ecologista Helmuth Costa, presidente do Sats.

O grande número de vítimas se deve à paisagem convidativa da Pedra Lisa, que esconde um penhasco de 160 m de altura. "Os curiosos ficam tentados a espiar o que há na ponta da pedra. Só que existe um curso d'água que passa por lá, tornando a pedra escorregadia e as quedas inevitáveis", disse o capitao Roberto Rensi Cunha, do Corpo de Bombeiros de Mauá.

Dez soldados do Corpo de Bombeiros e dez voluntários do Sats foram escalados para a operaçao na Pedra Lisa, que deverá começar por volta das 10h. Para chegar à formaçao rochosa, a equipe vai precisar descer 3,5 km pela trilha do Poço das Moças, que liga Paranapiacaba a Cubatao, em uma caminhada de cerca de uma hora.

O tempo estável é a única condiçao para que o trabalho seja realizado. O material que será instalado na cerca de segurança da Pedra Lisa foi doado pelas empresas Grandoor e Villarta e deverá permanecer na trilha por pelo menos dez anos.