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Palco da decisão divide opinião dos santistas
Marco Borba
do Diário do Grande ABC
03/06/2011 | 07:18
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Claudinei Plaza/DGABC


O Santos deve definir hoje se faz no Morumbi ou Pacaembu a final da Libertadores contra o Peñarol. O Peixe tem a vantagem de decidir em casa porque fez melhor campanha.

Ontem, o assunto criou certo dilema até se saber quem seria o adversário. Havia quem achasse melhor enfrentar o Peñarol no Morumbi, em função do estilo de jogo do time uruguaio. Para outros, o ideal seria o Pacaembu. Mas a questão não está fechada. A diferença entre um estádio e outro pode ser de mais de R$ 3 milhões. "O Pacaembu tem a vantagem da proximidade com a torcida, mas o Morumbi permite um público maior. Vamos tomar a decisão no máximo amanhã  (hoje)", disse o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.

O elenco santista não fala abertamente, mas prefere o calor da torcida no Pacaembu. A diretoria, porém, hesita em abrir mão de uma renda maior. Segundo o presidente do clube, a Conmebol também faz pressão para que a partida ocorra no palco maior, ou seja, o Morumbi.

No jogo de ida da semifinal contra o Cerro Porteño, no Pacaembu, o Santos faturou renda bruta de R$ 1.286.140 (público de 31.434 pessoas).

Tomando-se por base o lucro do São Paulo com o Morumbi na última Libertadores, a mudança de palco terá uma diferença considerável para os cofres santistas. Na semifinal do ano passado contra o Internacional, em seu estádio, a diretoria são-paulina embolsou R$ 4.484.282,25 de renda bruta, com 57.113 pagantes.

Atuando no Pacaembu, porém, o time santista está invicto nas três partidas que disputou pela Libertadores e conseguiu uma das vitórias mais importantes na competição. Contra o Deportivo Táchira, da Venezuela, o clube da Vila Belmiro usou a força do estádio para vencer por 3 a 1 e assegurar a classificação para as oitavas - que esteve ameaçada durante quase toda a primeira fase. Em todos os jogos, lotou o estádio com mais de 30 mil pessoas e conseguiu os resultados necessário para avançar.

O Santos assegurou a vaga ao empatar (3 a 3) com o Cerro Porteño, quarta-feira, no Paraguai.

 

Dracena culpa juiz por expulsão

O técnico Muricy Ramalho não gostou da expulsão de Edu Dracena no confronto com o Cerro Porteño. Mas o zagueiro, que desfalca o time na primeira partida da final da Libertadores, se eximiu de responsabilidade e culpou o árbitro colombiano Wilmar Roldán.

"Não entendo por que colocaram um juiz experiente no jogo de São Paulo (vitória santista por 1 a 0) e um ruim no Paraguai. Aquele árbitro (Roldán) é muito fraco", criticou Edu Dracena.

Durante o desembarque da equipe ontem, o zagueiro foi questionado sobre o descontrole, que pode prejudicar o time na decisão. "Não fiz nem falta no lance e ele me deu cartão vermelho direto. Com um erro desses, o cartão amarelo que tomei antes (por demorar para cobrar um tiro de meta) acabou não fazendo a mínima diferença para a expulsão."

A folga de duas semanas antes da decisão da Libertadores será fundamental para o Santos buscar alternativas para a equipe. Nos próximos dias, o clube vai tentar reabilitar os machucados Paulo Henrique Ganso e Jonathan. A presença do lateral-direito na decisão está praticamente assegurada.

O médico santista Ricardo Nobre garantiu ontem que Ganso deve jogar pelo menos a segunda partida da final contra o Peñarol.

O principal candidato a fazer dupla com Durval na zaga é Bruno Aguiar, que tem entrado com frequência na equipe nos últimos jogos.

O atacante Borges (ex-Grêmio) será apresentado oficialmente hoje no CT Rei Pelé.




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