Outros indícios que incriminam a quadrilha são os depoimentos das namoradas de Itamar e de Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho. Segundo o Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic), elas afirmaram que ambos confirmaram participação no seqüestro e disseram que fugiriam dada a repercussão do caso.
Nesta sexta, policiais de Deic conseguiram uma foto de Bozinho (a única que faltava do bando) e outra mais recente do suposto chefe da quadrilha, Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro, fugitivo da Penitenciária de Sorocaba desde novembro de 1999.
Além deles, a polícia procura outros dois suspeitos: Juscelino da Costa Barros, o Cara de Gato, e Mauro Sérgio Santos de Souza, o Serginho. O irmão de Bozinho, Andrelison dos Santos Oliveira, o André Cara Seca, foi preso na terça-feira pela Polícia Federal, na Bahia.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, não há dúvidas sobre o envolvimento de membros da quadrilha no caso. “Já sabemos a autoria. Agora precisamos descobrir a motivação", disse. Nesta sexta, o deputado federal federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT), admitiu que todas as evidências apontam para crime comum.
Laudos - Na próxima semana, a Secretaria da Segurança vai divulgar os 23 laudos feitos pelo IC. Entre eles, o que vai confirmar se a tinta encontrada na Pajero é compatível com a da Blazer verde apreendida na favela Pantanal.
Também resta a conclusão do laudo da reconstituição do crime e dos exames microquímicos no solo que podem provar que Celso Daniel foi levado para um bar desativado usado como cativeiro na favela.
Fotos - A Secretaria de Segurança Pública divulgou fotos do circuito interno de câmeras do restaurante Rubayat, onde o prefeito jantou antes de ser seqüestrado, no dia 18 de janeiro. As imagens mostram que Celso Daniel usava roupa semelhante à que ele foi encontrado morto, dois dias depois, em Juquitiba. Camisa de manga comprida e calça jeans claras.
Antes da análise do vídeo, ainda havia dúvida sobre uma possível troca de roupas do prefeito, já que o empresário Sérgio Gomes, com quem Celso jantou, disse à polícia que ele vestia uma calça bege.
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