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A reação tem de ser imediata, Tigre!
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
31/03/2017 | 07:00
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Reflexão. É por este momento que devem estar passando todos os envolvidos diretamente na campanha que culminou no rebaixamento do São Bernardo à Série A-2 do Campeonato Paulista. Se não estão, ao menos deveriam. Afinal, depois de cinco anos consecutivos na elite, o Tigre terá novamente de disputar na temporada que vem a divisão de acesso, a qual conquistou em 2012. Mas, até chegar em 2018, tem pela frente a Série D do Brasileiro, a partir de maio, com a obrigatoriedade de não só ter digerido a situação como tirado lições da fraca campanha no Estadual.

O clima fúnebre após o apito final do jogo de quarta-feira, contra o São Paulo, no Estádio 1º de Maio, era de cortar o coração. Olhos marejados como os do massagista Vini. Cabeças baixas, como as do goleiro Daniel e do atacante Marcinho. E muitos abraços, por todos os lados. “Vamos voltar”, ouvia-se de um. “É hora de recomeçar”, sugeria outro.

Dirigentes, atletas, integrantes da comissão técnica, funcionários, pessoas ligadas ao passado e que ainda fazem parte no presente compunham uma cena triste. Como em um funeral, pareciam velar o finado Tigre. Mas justamente a partir das palavras de incentivo, todos buscavam forças para provar que o time não está morto. Talvez, combalido, porém com total capacidade de dar imediatamente a volta por cima no Nacional.

Rodeado de incertezas – principalmente em relação ao substituto do técnico Sérgio Vieira –, o São Bernardo tem pouco tempo para assimilar a condição de rebaixado e iniciar a luta pelo acesso à Série C do Brasileiro. Ao menos era esta a meta no planejamento traçado pelo treinador português e a diretoria desde o ano passado. E tenho certeza que isso não mudou. Mas são necessárias outras mudanças, inclusive no elenco, eliminando peças que não atenderam às expectativas e, assim como fez a diretoria nos últimos jogos, dando oportunidade aos atletas identificados com o clube, formados no Tigre, como Paulo Marcelo, Willian e Alyson tiveram, e abrindo espaço para outros, como Manoel, Rodolfo Paes, Samuel e Wesley.

Ainda é possível transformar as lágrimas em combustível para que 2017 seja o ano que vai entrar para a história como aquele em que o São Bernardo soube aprender com os erros, engolir os problemas e celebrar a volta por cima com o acesso à Terceira Divisão nacional. Basta querer. 




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