Setecidades Titulo
Instituição abre portas a diabéticos
Renan Fonseca
14/06/2011 | 07:34
Compartilhar notícia


Diadema tem 19 mil pacientes com diadebes e hipertensão. Muitos, quando diagnosticados com a doença, podem ficar desolados e, sem acompanhamento médico, sofrem com os sintomas. Amputações de membros e perda da visão são algumas consequências de quando a pessoa descobre tardiamente que está com diabetes.

A Associação de Diabéticos de Diadema, que forneceu os dados, procura conscientizar, alertar e explicar como lidar com a enfermidade. À frente da instituição está Maria Valdenice Bento Gonçalves, que não tem diabetes, mas já teve problemas graves na família por causa da doença. Em 2006, o irmão faleceu vítima de diabetes. "Ele procurou diagnóstico muito tarde e não suportou. Minha avó ficou cega. Não quero que as pessoas passem por essas situações."

Ela conta com a ajuda de amigos médicos e enfermeiros para orientar pacientes. Todos são voluntários. Maria, que é esteticista, procura agora uma sede para se dedicar mais à associação. "Tenho apenas o site onde estão meus telefones e e-mail", apontou. "Nas campanhas, faço parceria com escolas de enfermagem."

Ela estima que mais de 2.000 pessoas já fizeram o teste gratuitamente.

Não são somente diabéticos que procuram o trabalho de Maria. Voluntários de outras cidades se interessaram pela iniciativa e pedem orientações para expandir a ideia. "Gente do Guarujá, Nordeste e Santa Catarina já me procurou. Essas pessoas começaram com associações pequenas. Explico o estuatuto para iniciar uma associação."

Os medicamentos oferecidos gratuitamente pela associação são conseguidos por meio de doações. Mas ela conta que a procura maior é por amparo e orientação. "Quando as pessoas descobrem que estão com diabetes, ficam perdidas. O que acontece é que muitas vezes não são orientadas adequadamente."

Ela lembrou que, quanto mais cedo se faz o diagnóstico, maiores são as chances de o paciente não sofrer traumas. Por isso, há três anos ela criou a instituição. Desde então, procura parceria com escolas estaduais, onde orienta alunos e oferece o teste de glicemia.

Todo o material para o teste é comprado com o dinheiro de Maria. Em abril, a associação esteve na Escola Estadual José Marcato. Ela gastou quase R$ 800 com a compra de kits para os exames rápidos. "Peço autorização dos pais para fazer os exames nos alunos com menos de 18 anos. Quem é maior, faço gratuitamente e explico o que é a doença", disse.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;