A linguagem oral envolve conjunto de estruturas corporais, além de processamento no cérebro. Os seres humanos contam com anatomia e capacidade neurológica para esse tipo de comunicação, mas os animais não conseguem reunir essas duas características para falar. 

Estruturas como língua, musculatura, laringe e pregas vocais são fundamentais para a fonação (processo de produzir a voz). Além disso, existe uma região complexa no cérebro que interpreta e dá sentido as informações a nossa volta. Ao longo da evolução humana, a linguagem representou forma eficaz de comunicação. Características exclusivas dos humanos estão relacionadas a produção de som pelas cordas vocais.

Já os animais apresentam diversas e diferentes formas de comunicação, dependendo da espécie. A mais comum é a sonora. Vale lembrar que alguns sons emitidos não são audíveis para os seres humanos, como os infrassons e os ultrassons, usados pelos morcegos. Os bichos também interagem por meio de gestos, odores liberados, contato visual e movimentos corporais, entre outras formas.

PAPAGAIO FALA?

O papagaio-verdadeiro é o famoso Louro. São aves inteligentes que usam o canto como forma de comunicação. Quando criadas em cativeiro conseguem reproduzir o som da voz humana.

Essas aves possuem anatomia que permite imitar o que ouvem, além de uma capacidade intelectual de memorizar e processar as informações. Mas elas não falam. 

Os papagaios tem, em média, 37 centímetros, se alimentam de brotos, folhas e sementes e são típicos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Por conseguir imitar também outras espécies, chama muito a atenção das pessoas.

Gustavo Rosa Zapparoli, 11 anos, de São Caetano, acha estranho nunca ter visto alguém comentar sobre o assunto e sobre a resposta. “Acho que os animais não falam pois eles têm limitações físicas que os impedem e também porque não conseguem raciocinar como os seres humanos”, comenta o menino.

Consultoria de Flavia Maíra Lutterbach Rossi Stanziani, pedagoga e bióloga de Santo André.