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Não tem solução sem crescimento
Do Diário do Grande ABC
04/12/2016 | 10:06
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Artigo

Quem governa está obrigado a ter confiança na superação das dificuldades. Os sinais preocupantes que o Brasil emitiu neste novembro – em que a recessão não cedeu e os níveis de confiança de consumidores e investidores caíram pela primeira vez desde maio – indicam que as nossas tarefas para retomar o crescimento ficaram maiores e sua execução é mais urgente.

O Brasil não tem 12 milhões de desempregados apenas, tem outros 6 milhões de pessoas que desistiram de procurar emprego e mais 5 milhões em situação de subemprego. Há 60 milhões de consumidores inadimplentes. Já estima-se que a retomada do emprego não virá antes do segundo semestre de 2017.

É muito ruim que neste momento não haja discurso de crescimento, só discurso de ajuste. E o ajuste que pode destravar o crescimento é o das macrorreformas previdenciária, trabalhista e tributária. É obrigatório fazer imediatamente a reforma da Previdência. Postergá-la agrava uma desconfiança que, por sua vez, alonga a espiral recessiva.

A política de crescimento que pode reverter essa espiral tem alguns vetores, entre os quais exportações e investimento em infraestrutura. Temos de aproveitar a vantagem cambial e buscar no Exterior a demanda forte que pode recuperar a indústria. O Brasil tem hoje 40% de sua capacidade produtiva ociosa. E, se internamente falta dinheiro para financiar as obras de infraestrutura, que geram competitividade e empregos, o dinheiro terá de vir do setor privado externo. Ele virá, desde que existam instâncias regulatórias e segurança jurídica para investimento.

Não existe crescimento sustentável sem responsabilidade fiscal. Não se trata de visão economicista de governo. É visão social. Os brasileiros precisam recuperar a confiança de que os impostos que elas pagam com muito sacrifício estão sendo bem empregados. Os brasileiros precisam do emprego, da Segurança, dos serviços públicos prestados com qualidade, e os governos precisam fazer mais e melhor com menos dinheiro.

São Paulo tem experiência a oferecer em austeridade e gestão. Desde Mario Covas, o precursor da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Estado mantém suas contas em dia. Em 2014, quando a atual crise começou a dar os primeiros sinais, cortamos despesas. Controlando o gasto e realocando investimentos foi possível manter serviços, programas sociais, obras públicas e ainda fazer superavit.

Essas medidas permitem que São Paulo, hoje, não só pague seus servidores em dia como promova ações que geram emprego e renda, mesmo em situação de queda de receita.

Geraldo Alckmin é governador do Estado de São Paulo pelo PSDB.

Palavra do leitor

Não à trairagem
Na condição de vice-presidente, Temer dizia que havia perdido todo o protagonismo e não passava de vice decorativo. Pois bem, presidente, agora está em suas mãos a oportunidade de voltar ao protagonismo. Vete a trairagem que o Congresso fez!
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Insegurança
A insegurança sentida próximo à Fundação Santo André, no bairro Príncipe de Gales, é causada pelos medos que estamos atravessando (Setecidades, dia 30). Alerto para aumento de ocorrências que estatisticamente ocorre em dezembro devido ao indulto. Tem de redobrar as rondas policiais urgentemente para que possamos ter um pouco de conforto, não medo de perder nossos entes queridos. Solicito lombada em frente ao número 480 da Rua Piracicaba, no bairro Valparaíso, pois os veículos transitam em alta velocidade e podem ocorrer acidentes. A via está em péssimas condições de pavimentação e cheia de buracos! Não podemos continuar lamentando e não ter ações. Solicito providências urgentes das autoridades e prazos, pois passam os dias e vemos a cidade em condições cada vez mais ruins. Espero que as autoridades tenham conhecimento por meio deste Diário, que divulga e ajuda a população.
Reginaldo Amaral dos Santos
Santo André

Hipocrisia?
Sugiro aos dirigentes da Chapecoense e familiares vitimados que aproveitem rapidamente o máximo que for possível do ‘caminhão de bondades’ que está sendo prometido. As pessoas geralmente são emotivas e solidárias por alguns dias, horas ou minutos. Isso é fato! Toda essa comoção vai passar, novos acontecimentos e tragédias tomarão lugar na mídia. Brevemente a tragédia da Chapecoense será mais uma nas estatísticas. Vale a pena lembrar de outras que aconteceram no Brasil, algumas bem recentes, mas logo saíram dos holofotes, deixando marcas profundas de tristeza, revolta, insegurança e abandono para as famílias enlutadas. A propósito, você, leitor, ainda lembra da tragédia de Mariana, em Minas Gerais?
Mario Mello
Santo André

Gratidão
Nenhuma frase ou palavra de qualquer dicionário do mundo pode traduzir o que o povo colombiano, especialmente os habitantes de Medellín, protagonizaram em homenagem as vítimas do acidente aéreo. Sem palavras. O mínimo que se poderia fazer em demonstração de gratidão seria visita imediata do senhor presidente da República, Michel Temer, à Colômbia e, quando pisar o solo, beijar o mesmo.
Nelson Mendes
São Bernardo

E o depois?
A tragédia que cessou a vida de tantas pessoas talentosas, inteligentes e – claro, por que não dizer? – felizes deve nos levar a meditar sobre o depois. O que é o depois para você? Até os 14 anos vivia inquieta com o depois, pois nunca tinha tido resposta coerente. Até que conheci a palavra de Deus, ou seja, a Bíblia. Daí sim comecei a entender um pouquinho do depois. Assim, convidei Aquele que em uma cruz padeceu por mim e por toda a humanidade a estar comigo por toda vida aqui. Mas Ele não só morreu. Ao terceiro dia ressuscitou e seu corpo não entrou em decomposição, está ao lado do Pai, o Deus criador dos céus e da Terra. Conforme João 14-6, ele mesmo declara que é o único caminho, a verdade e vida e que nenhum de nós chegará ao céu se não por meio dEle. O céu é o meu depois e o seu depois? Esse é o meu farol, o meu guia, o único digno de ser imitado. Somos finitos e diante disso precisamos nos preocupar com o depois.
Rosângela Caris
Mauá 




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