No total, a estimativa de gastos com a obra é de R$ 115 mil. Sobre a ameaça de novas inundações do equipamento cultural, Ferro aposta no término da construção de dois piscinões. Eles armazenarão as águas que tomam o centro da cidade nos períodos de chuva e devem estar prontos em dezembro deste ano.
Parte da reforma do Cacilda Becker, como reparos elétricos e hidráulicos, será efetuada por funcionários da Prefeitura, o que deve diminuir os gastos com a manutenção.
“Antes da reabertura do teatro, ainda precisaremos abrir três licitações: para a reforma dos banheiros e sua adequação aos portadores de deficiência física; para estofar as poltronas; e para a compra de equipamentos novos, como amplificadores e microfones”, disse o secretário.
A reforma prevê ainda a construção da base do palco em concreto, com acabamento em madeira. “O ar-condicionado já está suspenso desde 1998, quando foi instalado após uma enchente. E agora vamos suspender tudo o que pudermos, como medida preventiva, pois se eventualmente acontecer outra enchente, os prejuízos serão menores”, falou Ferro.
O secretário também disse que o Cacilda não terá mais piano. “Em 1990 perdeu-se um. Em 1998, outro. Agora, temos piano nos teatros Lauro Gomes e Elis Regina. Se precisarmos de um para algum evento no Cacilda, transportaremos de outro teatro”, disse.
A previsão de conclusão da reforma do Cacilda é novembro deste ano. Em tese, a manutenção seria finalizada um mês antes dos piscinões e o teatro poderia estar sujeito a enchentes, fato recorrente em sua história nos últimos anos. “Esse período do final do ano não é crítico em relação às chuvas”, afirmou Ferro.
Questionado sobre a idéia de transferência da Prefeitura e da Câmara para novas dependências, que se concretizada poderia afetar o teatro, Ferro admite que o projeto está em andamento. Há especulações inclusive de uma possível demolição dos prédios atuais.
“Para reabrir o Cacilda, que é um teatro histórico da região, não posso esperar 3 ou 4 anos, porque essa idéia da mudança da Prefeitura e da Câmara é a longo prazo. E o teatro está aqui, não pode ficar parado esperando”, disse.
O Teatro Cacilda Becker (espaço cultural que já foi o mais freqüentado do Grande ABC) nos últimos 11 anos foi danificado várias vezes pelas inundações. Em 1990, o ator Vicentini Gomez, que encenava um monólogo no Cacilda, teve de sair a nado do local.
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