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Chile anuncia 3º pacote de medidas para reativar a economia
Da AFP
13/03/2007 | 20:10
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A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou nesta terça-feira um novo pacote de medidas – o terceiro em pouco mais de um ano – destinado a reativar a economia do país andino, que sofreu uma forte recessão em 2006. A série de anúncios, denominada programa 'Chile Investe', tenta principalmente incentivar o investimento privado e fomentar o desenvolvimento das pequenas e médias empresas (pymes, na sigla em espanhol), geradoras de quase 80% do emprego no Chile, mas fortemente endividadas.

Além disso, o pacote promove as novas tecnologias e o desenvolvimento do capital humano, moderniza o mercado financeiro, assegura energia para o crescimento do país, promove a inserção internacional e destaca o Chile como destino turístico. Em matéria de apoio a investimentos, o plano cria um incentivo tributário para melhorar o desenvolvimento de projetos, junto com a criação de um Comitê Econômico de Ministros, para remover "os gargalos burocráticos" que impedem a rápida execução de projetos.

Quanto às pymes, serão destinados US$ 200 milhões para financiar novos empreendimentos e a renegociação de dívidas. O programa também pretende flexibilizar a estrutura do Estado para eliminar as normas que travam o desenvolvimento deste tipo de empresas. O plano contempla ainda o envio ao congresso de uma terceira reforma no mercado de capitais (MK3), que possibilitaria utilizar o peso em transações financeiras internacionais. O projeto será enviado apesar de o Parlamento ainda não ter aprovado uma segunda reforma no mercado de capitais apresentada no ano passado.

Em matéria de energia, o programa inclui um pedido de licitação para a extração e exploração de hidrocarbonetos na região de Magallanes e a exploração de carvão na região de El Maule.

"O que fazemos neste momento é solicitar um projeto nacional para gerar mais riqueza no país e, ao mesmo tempo, consolidar uma rede de proteção social", disse Bachelet, ao apresentar o programa numa cerimônia no palácio presidencial de La Moneda. "Se realmente queremos alcançar o desenvolvimento e tornar realidade estes sonhos de igualdade, temos que ser capazes de fazer com que o país inove. Temos que fazer com que o setor privado invista, compita e seja cada vez mais produtivo", acrescentou.

Esse conjunto de medidas é o terceiro pacote de estímulos ao investimento do Governo de Bachelet, que assumiu no dia 11 de março de 2006 com uma economia sólida que crescia acima de 6,3%, mas que no final do ano acumulou uma modesta expansão de apenas 4,2%.

Para 2007, as projeções são um pouco melhores, com um crescimento estimado que chegaria a 5%, o que no entanto está muito abaixo do potencial de crescimento da economia chilena, calculado por especialistas em torno de 7%.



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