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Neonazistas podem ser proibidos de usar Internet
Das Agências
27/01/2000 | 15:36
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Delegados do Foro Internacional sobre o Holocausto denunciaram nesta quinta-feira os criminosos de guerra e disseram que se deveria impedir que os neonazistas usassem a Internet para difundir propaganda.

" A Internet é um fator multinacional para as teorias racistas", disse Ruth Dreifuss, titular do departamento do Interior da Suíça. "Possibilita aos que as defendem organizar redes e distribuir propaganda", acrescentou.

Dreifuss disse que a Internet era também uma ferramenta didática valiosa para ensinar à juventude sobre o Holocausto, e pediu a cooperaçao internacional para encontrar meios de impedir que seja usada por racistas. Ela informou ainda que a Suíça vai promover uma conferência sobre o tema em fevereiro.

Os dirigentes de várias naçoes pequenas falaram aos delegados nesta quinta, segundo dia do foro, inaugurado ontem com uma cerimônia durante a qual discursaram o chanceler alemao Gerhard Schroeder e o primeiro-ministro israelense Ehud Barak. Entre os presentes ao for está o novo presidente da Argentina, Fernando De La Rúa.

A presidenta da Letônia, Vaira Vike-Freiberga, lembrou a devastaçao de seu país durante a Segunda Guerra Mundial e disse que mais de mil letoes participaram das execuçoes. A promotoria de seu país foi censurada recentemente por grupos judeus por nao pedir a extradiçao e o julgamento de Konrads Kalejs, que vive na Austrália, e é apontado como criminoso de guerra nazista.

Vike-Freiberga disse que seu país estava disposto a julgar os supostos criminosos de guerra apenas no caso de receber provas suficientes.

Este foro coincide com o Dia da Recordaçao do Holocausto, observado em vários países, e foi organizado pelo governo sueco, preocupado com o desconhecimento de muitos jovens sobre o Holocausto em seu próprio país.

Durante a Segunda Guerra Mundial, seis milhoes de judeus e cinco milhoes de outras pessoas foram mortas pela Alemanha nazista e seus aliados.




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