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Esgoto jorra pelos ralos de casa de recepcionista
Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
23/02/2010 | 08:01
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A recepcionista Cilene Venâncio da Silva, 37 anos, está convivendo com mau cheiro, água barrenta e detritos boiando pelo corredor da própria casa. Ela conta que há 15 dias sua residência na Rua Guilherme Lorenzoni, bairro Alves Dias, em São Bernardo, é invadida por um "refluxo de esgoto" que jorra pelos ralos.

Para ela, o problema ocorre por conta das obras em tubulação para a passagem de água potável realizadas na Estrada da Cooperativa, local próximo à sua casa, pela empresa Criciúma, terceirizada que presta serviços à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

"Em nenhum momento mexemos na rede de esgoto. O nosso trabalho é colocar dutos para a passagem de água. Tomamos todo o cuidado necessário", diz Thiago Feliciano Sasso, engenheiro responsável pela obra batizada Vila Marchi-Alvarenga e financiada em conjunto pelo PAC (Programa de Aceleramento ao Crescimento) e Sabesp.

"Desde que essa obra começou no fim do ano passado só trouxe problemas para os moradores", conta Cilene. Ela diz que, por diversas vezes, entrou em contato com a companhia para reclamar. "Semana passada, vieram técnicos que vistoriaram minha casa e viram que não havia problema. Eles perceberam que é na rua, tanto que marcaram o asfalto com spray e pediram que eu solicitasse outro serviço."

Questionado sobre o problema, o superintendente da unidade de negócio Sul da Sabesp,Roberval Tavares de Souza, informou em nota que "uma equipe técnica esteve ontem no local e realizou a desobstrução da rede coletora de esgotos e a lavagem do imóvel. Amanhã (hoje) será realizada a desinfecção da residência."

Cilene, que tem dois filhos pequenos - um de 2 meses -, espera que a situação se resolva logo. "Espero que dê certo, porque todo dia tenho que lavar o quintal e o corredor com água sanitária, já que o refluxo sobe pelo ralo. É impossível ficar com as crianças pequenas", conta Cilene, que há oito anos mora no local.

Morador da mesma rua, o aposentado Boanergis de Paulo Queiroz, 66, gastou dinheiro refazendo a rede de esgoto da casa. "Mesmo assim, em dias de chuvas, a água de esgoto começa a brotar do chão da garagem. A sorte é que minha casa é alta e não invade dentro."




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