“Os resultados serão catastróficos para toda a sociedade. A OAB, como já foi manifestado publicamente, apóia o pedido de reposição salarial e melhoria das condições de trabalho, mas está radicalmente contra essa greve”, disse o presidente. “Vamos ter de achar uma saída menos dolorida para a questão. A greve começou há 15 dias e já está causando grandes estragos em todo o sistema da Justiça.”
Embora a greve não tenha a participação dos juízes, eles não têm como trabalhar, assim como os advogados, já que 85% dos funcionários dos cartórios estão parados e os processos suspensos. Apenas as decisões emergenciais são expedidas por juízes de plantão. “Os juízes não trabalham, o cartório não funciona e a gente fica sem poder fazer nada. Prazos, petições, acompanhamentos. Tudo está parado e a gente não tem o que fazer”, disse a advogada Ana Lúcia Candiotto, de São Caetano.
Na segunda-feira, às 14h, o presidente da OAB-SP se reúne com representantes do TJ (Tribunal de Justiça). A intenção, segundo D‘Urso, é negociar na sede do TJ uma saída para o impasse da reposição salarial. No Grande ABC, os funcionários dos fóruns de Ribeirão Pires e Diadema aderiram à greve nesta quinta.
A Assetj (Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), por meio da assessoria de imprensa, informou que a paralisação não vai ser mantida mesmo que o TJ faça uma proposta positiva ou que o governador Geraldo Alckmin encaminhe o projeto de reajuste à votação. De acordo com a associação, no próximo dia 21 vão ser realizadas assembléias regionais em todo o Estado. A assessoria informou que o único encontro com poder de deliberação está marcado apenas para o dia 28.
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