Eleições 2016 Titulo Tom elevado
Grana e Paulinho vão para ataque em 1º debate

Na Rádio Bandeirantes, prefeituráveis de Sto.André trocam farpas e atrelam imagem ao partido

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
18/10/2016 | 07:40
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Montagem/DGABC


Em primeiro debate desta etapa final do pleito realizado ontem pela Rádio Bandeirantes, os candidatos ao Paço de Santo André no segundo turno, disputado entre o atual prefeito Carlos Grana (PT) e o ex-vereador Paulinho Serra (PSDB), elevaram o tom da discussão e partiram para o ataque, trocando farpas durante praticamente todo o programa, mediado pelo jornalista Chico Prado. O petista buscou atrelar a imagem do tucano ao seu governo e à gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), enquanto o ex-parlamentar ligou o prefeito a correligionários condenados na Operação Lava Jato, criticando ainda a administração local por favorecer interesses do PT. “Completamente ‘petezado’.”

A pergunta inicial colocou em pauta imbróglio da falta d’água na cidade, além da dívida do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), cobrada judicialmente na ordem de R$ 3,2 bilhões. Paulinho falou em mudar o modelo de gestão e criar comissão técnica para analisar o processo, visando sanar o problema, o que ficaria facilitado pela proximidade com Alckmin. Grana pontuou que o impasse se arrasta desde 1992, alegou que a empresa paulista objetiva monopólio da distribuição de água, encaminhando o caso, inclusive, ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

No questionamento de candidato para candidato, Paulinho abordou a questão do desemprego, indicando que, atualmente, existem 70 mil pessoas nesta condição no município. Grana afirmou que o PSDB, junto com o PMDB, aprovou na Câmara PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que vai congelar por 20 anos os investimento públicos. “É desastre não só para as políticas públicas, para a economia, distribuição de renda, mas para aqueles que mais precisam”. O tucano, por sua vez, argumentou que o posicionamento da sigla no Congresso só é necessário por obrigatoriedade de “consertar todo o desastre econômico que a presidente (hoje cassada) Dilma Rousseff (PT) causou ao País”. Afirmou que precisa enxugar a máquina devido à falha no financiamento da cidade.

Grana condenou as mudanças partidárias de Paulinho, que passou por PFL (hoje DEM), PSDB, PSD e retornou ao tucanato. “Resolveu se entregar a outro projeto (PSDB), que não é bem-sucedido, que fechou escolas estaduais, e vem dizer que é cara nova. Agora (no segundo turno) terá de mostrar a verdadeira cara”. O ex-vereador defendeu-se dizendo que tem vergonha na cara, diferentemente “daquele pessoal do PT que está em Curitiba”. “Política de cara nova é não esconder as figuras do partido. O senhor realmente não mudou (de sigla), mas esconde as figuras que têm lá”, ironizou, mencionando, na sequência, que o nome de Grana constava na lista da Odebrecht, quando o petista tentou, sem sucesso, direito de resposta.  




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