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Bebê é encontrado em saco plástico em Santo André
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
11/01/2004 | 19:37
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Uma criança recém-nascida foi encontrada sábado à tarde abandonada na escadaria de uma favela na Cidade São Jorge, em Santo André. A menina estava dentro de uma sacola plástica de supermercado, coberta por um pano branco sujo de sangue.

Por volta das 17h, seus gemidos chamaram a atenção de um garoto de 12 anos que passava por uma escadaria do bairro com os seus pais e um irmão. “Ele achou que fosse um gato. Quando chegamos perto, vimos que era uma criança”, disse Josimara Félix, mãe do menino.

Na hora, ela pediu para o marido e os dois filhos tirarem as camisetas que vestiam para que pudesse aquecer o bebê. “Ele estava gelado. O segurei forte no meu peito e corri até minha casa”, disse Josimara.

No barraco de três cômodos onde a dona de casa mora com o marido e mais 13 filhos, a menina foi limpa com um algodão umidecido em alcool. Mais tarde, uma vizinha que tinha dado à luz um filho há poucos dias amamentou o recém-nascido.

Por volta das 19h, um morador da favela chamou o Corpo de Bombeiros. A criança ainda estava com o cordão umbilical exposto. A equipe de atendimento então grampeou o cordão para estancar a hemorragia local e levou o bebê para o Centro Hospitalar Municipal (CHM) de Santo André, onde ela permanecia internada até a tarde deste domingo. A criança não possui qualquer tipo de malformação e seu estado de saúde é considerado bom, segundo informações do Corpo de Bombeiros.

“Da forma que a encontramos, acredito que a criança tenha sido abandonada cerca de duas horas antes de ter sido achada”, afirmou o cabo Airton Xavier, que participou do atendimento feito à criança. Segundo o Conselho Tutelar de Santo André, quando receber alta do CHM, o recém-nascido deve ser encaminhado para um abrigo da cidade destinado a crianças e, caso seus pais não sejam encontrados, será oferecido para adoção.

A dona de casa Josimara, que encontrou o bebê, demonstrou interesse em ficar com a criança. “Já a considero como uma filha e dei até nome, Beatriz Vitória”, disse. Apesar da vontade de Josimara adotar a menina, a preferência de adoção é dada a pessoas que aguardam na fila de espera.




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