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Mauá pretende ter polo tecnológico
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
12/04/2011 | 07:18
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O Grande ABC deverá ter não um, mas vários parques tecnológicos. Depois do projeto em gestação da Prefeitura de Santo André, agora é a vez de a administração municipal de Mauá buscar o governo estadual para fazer um empreendimento deste tipo.

Para isso, a cidade conta com apoio da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e da companhia petroquímica Braskem, dona de unidades fabris naquele município.

A agência e a Prefeitura mauaense iniciaram negociações com a Braskem no fim do ano passado para que a empresa participasse de um polo regional.

A companhia mostrou interesse e disponibilizou, para a iniciativa, terreno de 160 mil metros quadrados (atualmente sem utilização), localizado na Avenida Alberto Soares Sampaio, ao lado da Recap (Refinaria de Capuava), da Petrobras.

"A ideia é que venham se instalar nessa área pequenas empresas ligadas à cadeia produtiva do plástico", afirmou o responsável por relações institucionais da Braskem no Sudeste, Lucelio de Moraes.

No entanto, como forma de agilizar a realização do projeto, o próprio governo estadual teria sugerido que o empreendimento fosse municipal e não de todo o Grande ABC.

O vice-governador, Guilherme Afif Domingos, que esteve ontem em São Bernardo para participar do evento de posse da nova diretoria da Agência de Desenvolvimento, afirmou que vê com bons olhos a iniciativa de Mauá. "Só precisa ter as partes interessadas, no caso, a academia (as universidades) e o mercado (as empresas). Tivemos uma primeira conversa e manifestei meu otimismo com o modelo", disse. "E têm de ter as faculdades na região integradas nesse processo", acrescentou, lembrando que o Grande ABC tem escolas de renome, como o Instituto Mauá de Tecnologia e a FEI (Fundação Educacional Inaciana).

NÃO EXCLUDENTE

O novo presidente da entidade regional, Valter Moura, que tem como de suas bandeiras à frente da entidade - sua gestão vai até início de 2013 - a implementação de parque tecnológico de todo o Grande ABC, avaliou que os empreendimentos nos municípios não excluem a possibilidade de projeto regional.

Segundo ele, poderia haver parque de desenvolvimento tecnológico descentralizado, que articulasse as experiências de cada cidade, para a especialização dos polos em segmentos diferentes.

Agência de Desenvolvimento tem nova configuração

A nova diretoria da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC tem configuração diferente das anteriores: o presidente da entidade, Valter Moura (que comanda a Associação Comercial e Industrial de São Bernardo) é ligado ao setor empresarial, enquanto o vice, Paulo Lage (que é presidente do Sindicato dos Químicos do ABC), é do meio sindical.

Para Lage, com isso, há possibilidades mais amplas de articulação com diferentes segmentos da sociedade civil. "Se soubermos usar isso bem, daremos mais visibilidade a essa gestão", avaliou.

O sindicalista acrescentou que há planos ambiciosos. Um deles é a interlocução com o poder público, para pleitear a construção de um centro de convenções regional.

Outro é o de ter aeroporto no Grande ABC. Segundo Moura, a argumentação é simples: "A região tem potencial econômico, população e localização estratégica. Além disso, a Dilma (a presidente da República, Dilma Rousseff) criou a Secretaria da Aviação Civil para desburocratizar e conceder os aeroportos para a iniciativa privada", disse.




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