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Estado quer Ecovias no Rodoanel
10/07/2004 | 18:40
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O Estado vai construir sozinho apenas um dos três lotes do trecho Sul do Rodoanel, trajeto que passa pela região. “Será da via Anchieta até Mauá, 9,9 km orçados em R$ 370 milhões, que pretendemos entregar em 2006. O governo precisa dar o primeiro passo, é uma forma de dirimir qualquer desconfiança”, afirmou o secretário estadual dos Transportes, Dario Rais Lopes. O secretário disse que vai procurar a Ecovias para conversar sobre a construção do lote entre as rodovias Anchieta e Imigrantes, estradas que a concessionária administra.

“Não quer dizer que os outros vão ficar parados esse tempo todo. Estamos buscando parcerias com a iniciativa privada e discutindo formas de remuneração”, disse Lopes. O trecho Sul inteiro deve custar R$ 1,91 bilhão. O governador Geraldo Alckmin voltou a garantir que, em sua gestão, não haverá cobrança de pedágio. Mesmo assim, tanto as obras já concluídas (Oeste) quanto os projetos do Rodoanel prevêem espaços para instalar cabines.

A lembrança da Ecovias para a primeira parceria ocorreu, segundo Lopes, porque a empresa já administra o sistema. “Podem ser acertados instrumentos como o pagamento ao longo da concessão ou rediscutir compromissos”, disse.

O vice-presidente executivo da Ecovias, Irineu Meirelles, acha a possibilidade interessante, apesar do custo estimado de R$ 280 milhões e das travessias em algumas das áreas mais delicadas de mananciais, às vezes à beira e outras cortando a represa Billings. “Tem relação direta com a área de influência da empresa e, depois da obra da segunda pista da Imigrantes, feita com um mínimo de impacto ambiental, temos know how para executar uma obra desse tipo”, afirmou Meirelles.

O vice-presidente lembra que a vocação da empresa é a operação do sistema. “Não quer dizer que não haja interesse em construir. Queremos conversar, mas ainda não fomos chamados pelo Estado.”

Custo alto – O diretor da CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias), que administra as rodovias Dutra, Anhangüera e Bandeirantes, Ricardo Froes, acha difícil a iniciativa privada sozinha e sem pedágio construir o Rodoanel. “O investimento é muito alto, porque não se trata de melhorar ou aumentar algo já construído, mas de começar do zero. A tarifa teria de ser tão alta que ficaria impossível”, afirma ele. Já, segundo ele, se o Estado fizesse, a operação seria interessante para as concessionárias.

A avaliação ambiental estratégica que a secretaria está concluindo prevê, para 2020, um volume diário médio de 147 mil veículos no subtrecho Anchieta-Imigrantes. Atualmente, circulam pelo trecho, em média, 80 mil veículos diariamente.




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