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Futuro de Lula

O que o futuro reserva a Luiz Inácio Lula da Silva (PT)? Um dos presidentes mais populares que o Brasil já teve

Beto Silva
07/10/2016 | 07:50
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O que o futuro reserva a Luiz Inácio Lula da Silva (PT)? Um dos presidentes mais populares que o Brasil já teve atualmente passa por dificuldades políticas e jurídicas. Lula viu seu PT encolher na eleição deste ano. O partido, que sofre com acusações de supostos malfeitos cometidos nos 13 anos em que comandou o Palácio do Planalto, foi nocauteado nas urnas. Até então, o massacre à agremiação criada no Grande ABC na década de 1980 era midiática e judiciária, com a condenação e prisão das principais cabeças da legenda. Agora, Lula está praticamente só. Claro que a militância aguerrida e os simpatizantes sempre fiéis continuam ao seu lado. Lula está sem companheiros de peso para carregar a responsabilidade de conduzir o PT caso ele não esteja apto a disputar a Presidência em 2018. E são grandes as chances de o petista ser condenado em um dos vários processos aos quais responde. Seria ficha suja. Carta fora do baralho. E, sem Lula, o PT diminui ainda mais. Sem Lula, o PT não é PT. Lula, há algum tempo, transcende a estrela partidária. Ele é maior do que a sigla que representa. As manifestações contra o governo Michel Temer (PMDB), organizadas por centrais sindicais e movimentos sociais ligados ao petismo, vão continuar para dar sobrevida política a Lula. No voto, o metalúrgico que subiu a rampa do Palácio do Planalto com a faixa presidencial no peito é competitivo. Os adversários sabem disso. Porém, com ele impedido de se candidatar não há substitutos à altura. E os adversários também sabem disso. Por isso, os rivais torcem – e fazem de tudo – para que o futuro político do petista seja interrompido nos tribunais.

Ladeira
Candidato a prefeito de São Caetano pelo PEN, Gilberto Costa obteve 5.740 votos (6,15%) na eleição de domingo, vencida por José Auricchio Júnior (PSDB), que ontem à noite festejou a retomada do Palácio da Cerâmica com apoiadores em clube da cidade. O desempenho de Gilberto na corrida pelo Paço neste ano, na qual enfrentou sete adversários, foi pior do que sua performance em 2008, quando disputou pela última vez o pleito municipal. Na ocasião, buscava uma vaga de vereador e foi o mais votado da história do município, com 5.883 sufrágios (7%) em uma concorrência de 163 pleiteantes.

Que fase!
O advogado de Santo André Fábio Picarelli demonstrou certo pé-frio na eleição deste ano. Convidado a ingressar em diversos partidos, escolheu o DEM para ser candidato a prefeito. Mas o projeto naufragou. Resolveu, então, apoiar o ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), que tentava retornar ao Paço e vinha de votações expressivas. O socialista ficou em terceiro lugar no primeiro turno. E os democratas não conseguiram uma cadeira sequer na Câmara de Vereadores.

Barrado
Vereador eleito em Mauá, Tchacabum (PRP) foi nesta semana à Câmara. Para acessar os gabinetes é preciso fazer cadastro. Mas ele chegou lá e se apresentou como parlamentar eleito. Foi informado que naquele momento era munícipe e que assumiria apenas em janeiro. Insistiu em entrar sem preencher a ficha. Foi barrado. Disse que a partir do ano que vem vão ter de engoli-lo, virou as costas e foi embora.

Vergonha
Saulo Benevides (PMDB) obteve 1.616 votos na tentativa de segundo mandato a prefeito de Ribeirão Pires, o que representa 2,77% dos votos válidos. Ficou em sexto lugar entre sete concorrentes. Foi um dos piores desempenhos de um candidato à reeleição em todo o Brasil. Pudera. Na pré-campanha, anunciou a aliados que iria desistir da disputa. Mas desistiu da desistência e foi para o embate. Faltando uma semana para a votação, disse outras vez a pessoas mais próximas que não iria até o fim do pleito. E, novamente, desistiu de desistir. Dizem que sua trajetória no pleito foi como seu governo: confuso, sem planejamento, com decisões equivocadas e resultado insatisfatório. 




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