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Filme dá 'bordoada' na mídia
18/06/2010 | 07:09
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Abraço Corporativo é filme satírico, que dá bordoada dupla. Atinge tanto as chamadas técnicas de gestão quanto a credibilidade da mídia. Parte de um pressuposto, facilmente comprovável: o mundo, como se sabe, vive à mercê dos picaretas, e o filme de Ricardo Kauffman não deixa de nos lembrar que nasce um otário a cada minuto. Pode-se argumentar que, em alguma medida, sempre foi assim, e que ao longo da história humana espertalhões encontraram espaço fértil para progredir graças à estupidez e à cobiça alheia. Mas também se pode reconhecer que nunca antes na história da humanidade o campo foi tão fértil para os vivaldinos.

Assim, no vale-tudo contemporâneo, por que não admitir que um gesto de carinho pode ser benéfico ao clima empresarial? E por que não levar a sério um consultor de RH que propõe a Teoria do Abraço? De acordo com a tese do consultor, um certo Ary Itnem, os abraços combateriam séria "doença" enfrentada pelas empresas, a "inércia do afastamento", provocada pelo uso excessivo das novas tecnologias.

O problema é saber quem compra isso. Então entra em cena o segundo termo da equação - a mídia, com seus problemas causados não apenas por ignorância, mas pelo culto à velocidade.




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