A missa de corpo presente acontece nesta quinta a partir das 8h e o enterro às 10h, na própria catedral. A celebração será presidida pelo cardeal-arcebispo metropolitano da Arquidiocese de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Estado de São Paulo, Dom Fernando Figueiredo, e pelo arcebispo emérito da Arquidiocese de São Paulo, cardeal Dom Paulo Evaristo Arns.
Segundo o cardeal Dom Cláudio Hummes, que por 21 anos foi bispo diocesano de Santo André, a morte de Dom Décio é uma perda muito grande. “Foi um bispo muito dedicado e zeloso, era muito chegado ao povo, pelas questões sociais. Na região de Santo André, reforçou esse trabalho. No velório, as pessoas mostraram o carinho por ele”, disse.
“A região da diocese do Grande ABC é um pólo industrial do país, de caráter operário, e hoje também agrega o comércio. Estima-se que haja mais ou menos 2,6 milhões de fiéis. O administrador diocesano que for eleito deverá dar continuidade ao trabalho de Dom Décio, que deu ênfase ao trabalho social com os pobres, à evangelização nas paróquias e também à catequese”, disse.
“Ele foi um representante do povo e um grande pastor e visitou todas as nossas igrejas”, destacou o fiel da cidade de Mauá Mário Manuel do Nascimento, 81 anos, que participou do velório.
De acordo com o secretário-executivo da CNBB-São Paulo, padre Lício de Araújo Vale, aparentemente Dom Décio apresentava boas condições de saúde. “Nós nos encontramos no dia 24 de janeiro, durante a visita ad limina apostolorum (em latim, junto do túmulo dos apóstolos), que é o momento em que os bispos apresentam ao papa o relatório das atividades em suas dioceses, nos últimos cinco anos. A sua morte nos pegou de surpresa”, contou.
Dom Décio havia retornado da viagem no último domingo. “Ele viajou ainda com outros dois bispos para Portugal, onde visitou Múrsia, a cidade natal de seus avós, o que o deixou muito contente. Ele iria celebrar hoje (quarta), às 7h, a missa, como sempre fazia. Mas quando foram acordá-lo, às 5h, já estava morto”, disse o bispo-auxiliar da diocese de Santo André, Dom Airton José dos Santos.
Segundo ele, o trabalho do bispo era intenso. “Durante sua gestão, ele exigia que os padres tivessem a co-responsabilidade pelas pastorais, além da promoção da catequese e do ensino religioso. Dom Décio também criou cinco paróquias novas na região.”
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