Os moradores do Conjunto São Bernardo do Campo, no Jardim Belita, que têm contas de energia elétrica emitidas em seus nomes no período em que ainda não ocupavam o imóvel, devem solicitar segundas vias e encaminhar à CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). A empresa afirmou em nota que assumirá o pagamento da dívida, e o atraso só ocorreu porque houve extravio e elas não chegaram até a companhia.

 Na edição de quinta-feira, o Diário publicou a situação de 112 moradores que mesmo sem ter consumido energia no período antes da ocupação das casas são cobrados e recebem avisos consecutivos de possibilidades de cortes. Duas famílias estão sem luz desde o dia 20.

 Enquanto o fornecimento não é reestabelecido, elas contam com a solidariedade dos vizinhos para manter o mínimo funcionamento da casa. A aposentada Ivone Campos Nunes, 58 anos, do bloco A, está com a geladeira ligada porque o vizinho emprestou uma extensão. Ela mora com três netos crianças.

 No bloco B, a cozinheira recém-operada do coração Luciene Pereira da Silva, 45, conta que tem dificuldades para tomar a medicação noturna sem poder acender as luzes do apartamento. Ao levantar a dívida na Eletropaulo, ela soube que são sete contas atrasadas em seu novo endereço. A CDHU informou que os boletos das duas moradoras foram encaminhados para pagamento nesta semana. 

 A AES Eletropaulo confirmou que o pagamento do consumo de energia no período anterior ao da mudança dos mutuários é responsabilidade da CDHU. No entanto, elas foram emitidas nos nome dos usuários porque já havia cadastro.

 A concessionária orienta a população a procurar uma loja de atendimento e apresentar documento que comprove a data da ocupação. O procedimento permitirá que eles fiquem isentos das cobranças anteriores e que não haja cortes motivadas por dívidas deste período.