Cristiano foi preso logo após a tentativa frustrada de assalto, que ainda teve como saldo a morte de um assaltante e a prisao de outro. Ele caminhava próximo ao local do crime quando foi detido por policiais e levado para averiguaçao. Quatro testemunhas, que estavam entre o grupo de 1,2 mil pessoas mantidas reféns no local, reconheceram o recepcionista como um dos assaltantes. Ele negou que tenha participado do roubo.
Nesta quinta, familiares e amigos de Cristiano disseram estar "revoltados" com a situaçao. A avó do acusado, Marieta de Almeida Costa, 46 anos, disse que os dois estavam em casa no horário do assalto - por volta das 11h20. Ele teria ligado para a escola de idiomas e, em seguida, saído para ir trabalhar.
"Ele nos ligou e disse que estava vindo. Se for possível conseguir esta gravaçao, de alguma companhia telefônica, a polícia poderá verificar os números dos telefones e o horário da ligaçao", confirmou José Carlos de Sampaio Mattos Júnior, 33 anos, um dos diretores da escola.
Mattos ainda ressaltou que o recepcionista trabalhava das 12h às 22h e que, por isso, deveria estar perto da escola no momento do assalto. Segundo ele, Cristiano trabalha no local há pouco mais de um ano como recepcionista e é instrutor de idiomas.
Além do provável álibi, os familiares de Cristiano ressaltam seus "bons antecedentes". Segundo seu pai, Valdir de Almeida Costa, 46 anos, o rapaz freqüenta a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias. "É um garoto sem vícios, nao fuma, nao bebe e só vive na igreja", afirmou.
A família já contratou um advogado e deve entrar com um pedido de liberdade provisória nos próximos dias. Após provar a inocência de Cristiano, os familiares pretendem pedir indenizaçao ao Estado, por danos morais.
O delegado titular do 1º DP de Sao Bernardo, José Ribamar de Freitas Raposo, admitiu nesta quinta que "sentiu muita dúvida" antes de tomar a decisao de prender Cristiano. Segundo ele, a prisao só foi decretada após uma reuniao que teve duraçao de cinco horas e contou com a participaçao do delegado seccional, Pedro José Liberal, e das testemunhas.
"Prender uma pessoa é uma responsabilidade muito grande. Eu só tomei esta decisao porque as testemunhas deram 100% de certeza no reconhecimento. E, por lei, reconhecimento das testemunhas é uma das principais provas por lei."
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