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Primeiro dia com Trans Bus foi confuso e com atrasos

Passageiros que usam transporte que era feito pela Guarará reclamam da falta de informação da empresa que passou a operar ontem

Daniel Macário e Miriam Gimenes
02/10/2016 | 07:57
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Claudinei Plaza/DGABC


O primeiro dia de operação da Trans Bus nas três linhas – 043, 043BI1 e 194 – que ligam a região da Vila Luzita, em Santo André, a São Caetano, antes operadas pela Viação São José, comandada pela Expresso Guarará, foi marcado por atrasos e falta de informação.

“Ontem (sexta) ainda perguntei para o motorista se haveria alguma mudança e ele disse que não. Quando foi hoje (ontem) soube que mudou a empresa que operara os ônibus, depois de ficar mais de uma hora esperando. Como sempre cheguei atrasada no trabalho”, reclamou a professora Devanir Costa de Paula, 55 anos, que pega diariamente a linha 194 no Terminal de Santo André rumo à Vila Luzita.

A operadora de telemarketing Francislene Oliveira Costa, 38, disse estar cansada da falta de comprometimento com o horário. “Vou mandar a minha folha de pagamento para a empresa quitar. Todo dia chego atrasada.”

Já a aposentada Luzia Moreira, 61, que caminha com o auxílio de bengala, reclamou que os coletivos da Trans Bus não têm o assento na frente para quem tem deficiência. “A locomoção na parte de trás do ônibus fica um tanto mais difícil.”

A equipe do Diário ficou durante uma hora no Terminal de Santo André e notou a demora para a chegada das linhas. Durante este período, apenas o 194 passou. A mudança ocorreu às pressas para que os 9.000 passageiros atendidos pelas linhas não ficassem sem transporte, já que a Viação São José as operaria até sexta-feira. Para tanto, a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) colocou em vigor uma operação emergencial.

Comandada pelos mesmos gestores da Expresso Guarará, a Viação São José anunciou o término de suas operações no fim do mês passado. Segundo representantes da empresa, a medida foi a saída encontrada aos diversos problemas administrativos e financeiros que a viação tem enfrentado nos últimos meses.

De acordo com o diretor do Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC), José Souza Araújo Neto, o Califa, o acordo firmado com os trabalhadores é de que todos permaneçam na garagem da Viação São José até o dia 7. Na ocasião, o sindicato irá se reunir com representantes da empresa para definir pendências trabalhistas. “Até lá acordamos de que todos devem cumprir seus horários em cárater de reserva, caso ocorra algum imprevisto. Nossa intenção é fazer vigília na empresa para que todos tenham convicção de que irão receber seus pagamentos”, relata.

Na ocasião, representantes do Sintetra também irão discutir o futuro de trabalhadores da Expresso Guarará. “Nesse caso também aguardamos posição da Prefeitura sobre o caso. Queremos saber se os funcionários serão contratados pela nova empresa ou não”.

Em nota, a Prefeitura de Santo André, por meio da SATrans, autarquia que administra o transporte municipal da cidade, declarou que mantém diálogo constante com o sindicato da categoria e com a empresa Expresso Guarará e está empenhada para que os funcionários da empresa sejam incorporados na nova empresa selecionada e seus direitos trabalhistas preservados.

GUARARÁ

A menos de uma semana do encerramento das atividades da Expresso Guarará, a Prefeitura de Santo André ainda segue sem saber quem será a empresa que irá operar as linhas que circulam na região da Vila Luzita.

Após adotar conduta omissa sobre o assunto, comunicando para população somente na sexta-feira a substituição da Guarará, a Prefeitura abrirá amanhã os envelopes com propostas de 26 empresas interessadas no contrato emergencial.

Segundo o Paço, a expectativa é de que a nova contratada assine ainda nesta semana vínculo com duração de 180 dias para assumir já no dia 8 a operação das 15 linhas que eram operadas pela Guarará. 




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