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Mauá esvazia Pasta de Desenvolvimento
Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
03/02/2009 | 07:00
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Heloisa Ballarini/DGABC


Quando for nomeado, o comandante da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mauá não terá muito trabalho a fazer. Isso porque a Pasta perdeu muitas atribuições para a recém-criada Trabalho e Renda, comandada por Edilson de Paula.

 A nova estrutura foi definida em reforma política pelo prefeito Oswaldo Dias (PT) e aprovada pela Câmara dois dias após a posse. São responsabilidade do Desenvolvimento Econômico apenas questões ligadas aos departamentos de apoio da Indústria e Turismo. Enquanto isso, a pasta de Trabalho e Renda vai tratar de assuntos que vão desde a qualificação e o atendimento ao trabalhador até os departamentos de intermediação de mão-de-obra, economia solidária e transferência de renda.

 "Para minha surpresa tenho cerca de 80% das atribuições que eram da pasta de Desenvolvimento Econômico antes dela ser desmembrada. Vou brigar também por boa parte do orçamento", afirmou Edilson de Paula. Segundo ele, o orçamento da Pasta ainda não foi definido, mas também deverá sair da Secretaria de Desenvolvimento, que tem previsão para este ano de R$ 3,8 milhões. "Os recursos serão desmembrados e votados pela Câmara."

 Edilson, que foi nomeado no último dia 12, garante que tem trabalhado para "trazer recursos extras para a Pasta". Um dos projetos, já em elaboração, é firmar um convênio com o Ministério do Trabalho e Emprego para a municipalização da intermediação da mão-de-obra e capacitação de trabalhadores. A proposta será apresentada no 10 ao ministro Carlos Lupi.

 "Com o convênio pretendemos trazer R$ 12 milhões em três anos", explicou Edilson. O recurso será aplicado em cursos de qualificação, programas de geração de empregos e oferta de vagas e até pagamento de seguro desemprego. "Tudo isso funcionaria em um espaço único oferecido pela Prefeitura e custeado pelo governo federal". O nome do Programa é Sine (Sistema Nacional de Emprego) e atende municípios com mais de 200 mil habitantes.

 O ex-presidente da CUT-SP (Central Única dos Trabalhadores) também procurou o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) para garantir cursos técnicos gratuitos na cidade. A discussão, que teve início em 2000, parece ter sido resolvida. Em 2010 um novo prédio estará construído para substituir o atual, localizado na rua Luiz Lacava, e terá dois cursos técnicos: processos químicos industriais e eletroeletrônica. Serão 96 alunos.




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