O Brasil já é o sétimo maior responsável pelo envio de spams no mundo. O alerta é da União Européia que, usando dados de pesquisas feitas por entidades especializadas, indicou que o Brasil é responsável por 4,7% dos e-mails indesejados recebidos em todo o planeta.

Os maiores produtores de spams são os Estados Unidos, com 21%, China, com 13,4% e a França, com 6,3%. No mundo, os spams já ocupam entre 54% e 85% de todos os e-mails enviados, segundo a empresa Symantec.

Para a empresa de pesquisas, o custo financeiro do spam e de e-mails fraudulentos já atingiu 39 bilhões de euros para a economia mundial. Com mensagens falsas, os autores desses e-mails têm obtido dados bancários de usuários da Internet.

Para a UE, os spams, que até pouco tempo eram apenas um e-mail indesejado, agora passam a ser criminoso. Além de americanos, chineses e franceses, o Brasil é apenas superado por Coréia do Sul, Espanha e Polônia entre os países onde o maior número de spam é produzido.

Países como Itália, Japão, Alemanha e Taiwan estão abaixo do Brasil no ranking de maiores responsáveis pelos e-mails indesejados. Para lutar contra o fenômeno, a UE apelou na última segunda-feira para que os países do bloco fortaleçam suas medidas de proteção de sistemas. Na Europa, leis já foram aprovadas para punir autores de spams. Mas sem as mesmas leis em outras regiões, Bruxelas argumenta que continua sofrendo com a invasão de e-mails indesejados.

Por isso, os europeus iniciarão contatos com vários países para debater formas de lidar com o problema. Bruxelas já assinou um acordo de cooperação com Washington e já está em andamento um programa de combate ao spam com os países asiáticos.

Os europeus também prometem novidades em relação às leis que tentaram banir o spam e que foram aprovadas em 2002. Segundo os europeus, essas leis terão de ser fortalecidas e os servidores receberão novas responsabilidades para lidar com o assunto. Bruxelas ainda apela para que o setor privado colabore e instale filtros em seus sistemas de comunicação.