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Carecas do ABC acusados de matar adestrador são julgados
Do Diário OnLine
26/03/2002 | 16:50
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Teve início na tarde desta terça-feira, no Fórum da Barra Funda, zona Oeste de São Paulo, o julgamento de dois dos 18 réus acusados de assassinar o adestrador de cães Edson Neris da Silva, espancado até a morte em fevereiro de 2000, na Praça da República, centro de São Paulo. Estão sendo julgados Vanderlei Cardoso de Sá e Regina Saran.

Edson Neris foi atacado por um grupo de skinheads quando caminhava pela Praça da República de mãos dadas com seu companheiro, Dario Pereira Netto, que também apanhou. O grupo que teria matado Edson Neris se reuniria com freqüência em Santo André.

Cardoso de Sá foi o primeiro a depor nesta terça. Ele negou que participava do grupo de skinheads, apesar de admitir gostar do modo como os carecas se vestem e do tipo de música que ouvem. O acusado afirmou que passava pela Praça da República com cerca de 30 pessoas na noite em que Edson foi morto, mas que ficou para trás do grupo com mais duas pessoas — uma delas seria Regina Saran.

Ele disse que, neste momento, percebeu uma movimentação estranha do resto do grupo. No entanto, afirmou que não viu o linchamento, não ouviu gritos e não viu dois homens andando de mãos dadas.

Regina Saran também deu a sua versão. Ela contou que passava com o marido pela Praça da República, contradizendo afirmação de Sá, e viu um tumulto de um grupo à frente. Ela afirmou que pensou que a movimentação se tratava apenas de uma briga e que não imaginava que alguém estava sendo morto ali.

Até hoje foram julgados quatro Carecas do ABC. Em fevereiro do ano passado, José Nilson Pereira da Silva, morador de Diadema, e Juliano Filipini Sabino, de São Paulo, foram condenados a 21 anos de prisão.

O careca Jorge da Conceição Soler, que assumiu ter participado do grupo que tentou espancar Netto e apontou os espancadores do adestrador, foi condenado a três anos e quatro meses em regime aberto.




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