Uma simples saída para compra de um lanche no horário do almoço causou nesta quarta, às 12h50, o atropelamento da professora Osmarina de Lourdes Sabino, 36 anos, que há oito anos trabalha no Colégio Barão de Mauá, em Mauá. No momento em que atravessava o cruzamento da avenida da Saudade com rua Aquidabã, a educadora foi surpreendida por um ônibus da Viação Barão de Mauá. Com o impacto, Osmarina caiu e ficou com as pernas presas entre uma das rodas dianteiras direitas do veículo e o asfalto.

Duas equipes do 8º Grupamento do Corpo de Bombeiros e do helicóptero Águia da Polícia Militar fizeram o resgate da vítima, que foi retirada inconsciente do local, por volta das 13h30. Osmarina foi levada pelo helicóptero ao Hospital Santa Marcelina, no bairro Itaquera, em São Paulo. Até as 18h30, o estado de saúde da professora era considerado grave.

Segundo análise preliminar do perito Nélson Machado, do IC (Instituto de Criminalística) de Santo André, a vítima foi atropelada sobre a faixa de pedestres. “Com certeza, pois as manchas de sangue sobre a faixa indicam isso”, afirmou.

O laudo técnico foi anexado no inquérito instaurado pela delegada Helena Vieira de Lima, do 1º Distrito Policial de Mauá, que também esteve à tarde na rua Aquidabã. Testemunhas disseram que chovia no momento do acidente. Policiais militares que participaram da ocorrência, porém, não confirmaram. O trânsito na rua só foi liberado às 14h30.

Motorista de ônibus há 26 anos e há 15 da Viação Barão de Mauá, S.V.R.M., 43 anos, morador na cidade, mostrava-se inconsolado. “Não tenho nenhuma multa nem ocorrência com vítima nesse tempo. Eu não a vi (Osmarina). Ia completar a conversão para a direita, quando bateu na lateral do ônibus. Imediatamente, freei”, explicou.

Ainda de acordo com M., o semáforo estava verde para ele. Embora tenha afirmado que não viu a professora, disse que ela não atravessava na faixa. “Foi uma fatalidade”, afirmou.

No momento do acidente, o veículo transportava cerca de 80 passageiros, segundo o cobrador, que não se identificou.

Querida – A professora, que é casada e mora em Mauá, dá aulas de Literatura e Redação para várias turmas dos ensino fundamental e médio no Barão de Mauá. Segundo alunos e funcionários, Osmarina é bastante querida na escola. “Ela é carismática e bem mãezona”, disse uma funcionária. “Ela saiu para comprar um lanche, pois à tarde daria mais aulas”, afirmou Fernanda Barbosa, 25 anos, assistente de Propaganda e Marketing do colégio, um dos mais tradicionais da cidade. No momento do acidente, na mesma rua, acontecia a saída da turma da manhã.