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Sustentabilidade é tema da 8ª BIA
31/10/2009 | 07:10
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A sustentabilidade é o tema principal da 8ª BIA (Bienal Internacional de Arquitetura) de São Paulo, que será inaugurada hoje no Ibirapuera. Evento que reúne 106 projetos e obras de arquitetos do Brasil, Holanda, Alemanha, Itália, EUA, França e Hong Kong e 50 de estudantes brasileiros, a 8ª BIA foi realizada graças a esforço do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) de São Paulo, que se valeu de patrocínios - sem uso de leis de incentivo - e de apoios dos governos estadual e municipal e da Fundação Bienal de São Paulo, que cedeu seu prédio no Parque do Ibirapuera para finalmente ocorrer.

O orçamento da edição, segundo a arquiteta Liane Makowski Almeida, do conselho superior do IAB-SP e integrante da curadoria executiva geral da mostra, é de R$ 2 milhões. "É uma situação brasileira, de terceiro mundo, não fazer as coisas com tranquilidade", diz.

O tema da mostra, Ecos Urbanos, no sentido de "encontrar novos caminhos com qualidade de vida e ecologia, buscar soluções simples", foi definido pelo curador geral Bruno Roberto Padovano no início de 2008, mas foi preciso um esforço intenso para concretizar a exposição.

"Não é uma Bienal cara, o próprio governo do Estado poderia pagar por ela inteira", afirma Liane. A palavra Ecos, do título, no sentido também de vibração, se desmembrou em seções que tratam das questões de espacialidade, conectividade, originalidade e sustentabilidade por todos os andares do prédio da Bienal - cada um deles é identificado por uma cor (azul, vermelho, amarelo, verde), que na cenografia da exposição se traduz pelo uso de estruturas de tecidos que percorrem os andares do edifício.

Aproveitando também um tema do momento, a 8ª BIA dedica um segmento no terceiro andar usando como mote a Copa de 2014, a ser realizada no Brasil. O impacto do megaevento no País é tratado por meio da apresentação dos projetos de estádios e de melhoria para cada uma das 12 cidades que abrigarão a Copa - Brasília, Natal, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Manaus, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Recife, Cuiabá e São Paulo. Ainda, ocorrerão até dezembro workshops sobre a questão em escritório com paredes de vidro montado no espaço expositivo.

"Nosso objetivo é apresentar o que se está pensando e até o não pensado para o evento", afirma Liane. Uma pequena arena, com arquibancada e piso que se refere a um gramado sintético, foi montada no local para se fazerem debates.

"Existe insatisfação dos arquitetos sobre os projetos de arena por causa da falta de licitação pública", diz a curadora. "O foco das discussões será a qualificação das cidades para o evento ou se ele vai se tornar uma grande roubada." A ideia dos organizadores da 8ª BIA é transformar também o material produzido no workshop sobre cada uma das cidades-sede da Copa 2014 em uma publicação. "Podem até surgir novas soluções."

8ª Bienal Internacional de Arquitetura - Pavilhão da Bienal. Av. Pedro Álvares Cabral, s/n.º, Portão 3, Parque do Ibirapuera. Das 12h às 22h (sáb. e dom., das 10h às 22h; fecha 2.ª). Ingr.: R$12. Até 6/12.




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