A falta de segurança para trabalhar é uma das principais reclamações dos comerciantes da Avenida Dom Pedro I, na Vila Conceição, em Diadema. A via, que atravessa o bairro, é o principal alvo dos bandidos, principalmente ao anoitecer. As vítimas são especialmente donos de padarias, pequenos bares e lanchonetes.

No bairro funciona a Delegacia de Homicídios, Garra e o Centro de Detenção Provisória. No entanto, não há bases fixas da Guarda Civil Municipal e, segundo os moradores, as rondas da Polícia Militar deveriam ser mais frequentes para espantar a criminalidade.

O funcionário de uma padaria que funciona na avenida, Welington Souza, 39 anos, conta que já foi assaltado quatro vezes nos últimos dois anos. "Se tivesse rondas até mais tarde nos sentiríamos mais seguros. Sempre ficamos de olho na hora de entrar ou sair."

Apesar de os comércios serem obrigados a fechar às 23h, a lei que regulamenta a medida desde 2004 não trouxe avanços na região. "E isso é reflexo da violência na cidade inteira. Estamos pedindo socorro." Segundo a Prefeitura, o bairro conta com 148 estabelecimentos comerciais. 

SERVIÇOS
No bairro onde a violência tem destaque, o Diário leva ação social para a comunidade no sábado, na EE Antonieta Borges Alves, na Avenida D. Pedro I, 365. São esperadas pelo menos 1.000 pessoas durante todo o dia. As atividades terão início às 9h e seguem até 16h, com diversas opções de lazer para as crianças e adultos. Também haverá corte de cabelo, limpeza de pele e avaliação odontológica gratuita, entre outros serviços.