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Escola de Mauá ainda tem um déficit de servidores
Felipe Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
29/04/2010 | 07:52
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A Diretoria de Ensino Regional de Mauá não supriu o déficit de funcionários da Escola Estadual Professora Marilene de Oliveira Acetto, no bairro Sertãozinho, conforme havia se comprometido. Reportagem publicada ontem no Diário revelou que a unidade está há dois meses com falta de servidores, o que fez com que a diretoria da escola pedisse a pais de alunos para serem voluntários em serviços como limpeza de banheiros, refeitórios e pátio, além de ajudarem a cuidar dos alunos durante o horário de intervalo.

Na terça-feira, questionada sobre o problema, a Diretoria de Ensino informou que dois funcionários começariam a trabalhar hoje no local. De acordo com uma secretária da escola, que não quis se identificar, foi enviado apenas um colaborador (emprestado de outro colégio) para ajudar tanto na limpeza como na preparação e distribuição da merenda.

A Diretoria de Ensino informou que até o fim da próxima semana a escola receberá um outro servidor, e que isso deve regularizar o funcionamento da unidade.

Segundo a secretária, devido ao déficit de servidores, os alunos continuarão sem receber a merenda quente (macarrão). A alimentação, segundo ela, será composta por bolacha, suco e leite até que o problema se resolva, já que não há quem lave a louça. Ela ressaltou ainda que o horário de saída dos alunos voltou a ser respeitado. Até ontem, os estudantes estavam sendo dispensados com duas horas de antecedência.

O garçom Pedro Silveira, 45, pai de duas alunas, afirma que se a situação não melhorar deverá procurar uma outra escola para as meninas. "É um desrespeito com os alunos. Eles (a escola) recebem verba para comprar uma merenda decente e ao invés de oferecer o que têm de melhor colocam essas bolachas de maizena que não sustentam."

Colégio improvisa para evitar depredações

A diretoria da Escola Estadual Hans Grudzinski, no Parque das Américas, em Mauá, está improvisando para tentar evitar prejuízos com vandalismo provocado pelos próprios estudantes da unidade. Bebedouros foram presos à parede, vidros das janelas, substituídos por acrílico e saboneteiras, porta-papéis e espelhos dos banheiros foram retirados.

O prejuízo com as depredações desde o início do ano é estimado em R$ 15 mil pela diretora Silvia Lorencini, que está à frente do cargo a seis anos. "O bebedouro era empurrado de um lado para o outro pelos alunos. As janelas têm os vidros quebrados com frequência e as saboneteiras eram roubadas ou jogadas no pátio após serem arrancadas", conta Sílvia.

No início do ano letivo, a unidade recebeu novos conjuntos de carteira e cadeira, mas a onda de vandalismo foi tanta que cerca de 100 já tiveram de passar por reparos. As cadeiras que estão em péssimas condições foram guardadas em uma sala para que possam ser consertadas no decorrer do mês.

O ajudante-geral da escola, Henrique Fabiano, 63 anos, conta que chega a consertar mais de dez cadeiras durante a semana. "A gente não vence de arrumar, cada dia que passa os estudantes quebram mais", destacou.

Atualmente, a unidade conta com três turnos de estudos - manhã, tarde e noite - e cerca de 1.700 alunos. A direção informou que o turno da manhã é mais problemático de todos.

Nesse período estudam os alunos dos Ensino Médio. "A depredação ocorre na troca de aula. Além de quebrarem as cadeiras, eles chutam as portas, arrancam as persianas. Cada dia é uma novidade", revelou a diretora.

A Diretoria de Ensino Regional de Mauá informou que não foi comunicada dos problemas pela escola.




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