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CDs sobrevivem à era tecnológica
Leonardo Santos
especial para o Diário
05/09/2016 | 07:07
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Hoje em dia, a internet é a principal ferramenta de entretenimento, possibilitando livre acesso a livros, filmes e principalmente música. O serviço de streaming por meio de aplicativos se tornou uma nova forma de divulgação de trabalho de artistas renomados e independentes.

Porém, há quem diga que o avanço tecnológico é a causa da crise dos mercados fonográfico e cinematográfico, fazendo com que lojas de CDs e locadoras fechassem as portas. Alguns estabelecimentos desafiam o modelo e provam que é possível sobreviver neste meio.

Segundo o último levantamento da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos), o mercado fonográfico, tanto físico quanto digital, teve aumento em suas receitas de 10,6% em 2015, impulsionado pela continuidade do crescimento da área digital.

Desde 1960 no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo, a Merci Disco é referência nacional. A loja começou com o vinil e acompanhou as transformações em fita cassete e CD. Hoje, com mais de 30 mil títulos no estoque, o estabelecimento tem clientela fiel.

Há 15 anos na loja, Júnior Souza, 46 anos, comenta que existe uma boa quantidade de pessoas que ainda fazem questão de comprar CD. “Hoje em dia o preço é bem mais acessível. Todo dia vendemos CDs. O relançamento dos discos de vinil fez com que a procura aumentasse também”, avalia.

“Assim como os fãs do CDs, temos os cinéfilos, que fazem questão de comprar o DVD e blu-ray dos filmes. Hoje em dia é possível fazer streaming e assistir a filmes pela internet, mas temos um bom número de colecionadores que gostam de aumentar o acervo”, salienta Souza.

Colecionadores ressaltam qualidade do produto

Mesmo com os serviço de streaming, colecionadores fazem questão de encher as prateleiras com álbuns de seus artistas favoritos.

O publicitário Bruno de Almeida, 27 anos, tem mais de 300 CDs ao lado do irmão, Jorge, 38, e afirma que faz compras pelo menos uma vez por semana. “Antes você tinha que ter o CD para escutar a música. Sinto falta dessa época, de ler o encarte enquanto a canção toca. Faço questão de comprar sempre”, comenta.

Fã de rock, Pedro Cerioni Tognato, 20, ressalta a qualidade do áudio, que é superior ao formato MP3. “É quase uma obrigação dos fã enaltecerem e divulgarem o trabalho de seus artistas, para mostrar sua devoção”, salienta. 




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