Setecidades Titulo Vila Magini
Mauá não conclui obras contra enchentes

Previsto para o fim de 2014, projeto sequer começou algumas etapas do empreendimento

Daniel Macário
do Diário do Grande ABC
03/09/2016 | 07:07
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Iniciadas ainda na gestão do ex-prefeito Oswaldo Dias (PT), em julho de 2012, as obras de prevenção contra enchentes e deslizamentos na Vila Magini, em Mauá, seguem em ritmo lento. As intervenções que deveriam ter ficado prontas no fim de 2014 possuem até agora somente 65,23% do projeto concluído, segundo o Ministério das Cidades.

A obra, que se estende por quase dois quilômetros, entre a antiga sede da GCM (Guarda Civil Municipal) na Avenida Washington Luís até o Viaduto Juscelino Kubitsche, é dividida em três frentes: contenção de margens do Rio Tamanduateí, estabilização de encostas e construção de via marginal paralela à Avenida Antônia Rosa Fioravanti. O projeto tem aporte financeiro do governo federal, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), na ordem de R$ 22 milhões.

Ontem, o Diário percorreu toda extensão da obra e constatou que as obras de contenção e estabilização ainda encontram dificuldades para serem concluídas. No local, poucos funcionários se empenham para efetivar a intervenção.

Para agravar a situação, a avenida marginal sequer começou a ser construída. Embora parte do terreno que dará lugar à via já tenha recebido o serviço de terraplanagem, ainda não há qualquer sinal de asfalto.

Anunciadas como projeto que iria garantir maior segurança para moradores do bairro, cercado por morros e encostas, as obras contra enchentes têm preocupado famílias que residem na área.

“A obra é boa, mas se ela não andar rápido vamos começar mais um período de enchentes sofrendo risco de deslizamento de nossas casas”, relata a dona de casa Maria Teresa Araújo, 36 anos.

Vizinha do Rio Tamanduateí, a vendedora autônoma Duce Moreira, 45, diz não entender o atraso da obra. “Vai sair outro prefeito e nada deles terminarem isso. Não entendo o que eles tanto demoram.”

Vale lembrar que o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC discute desde o início do ano o Plano Regional de Macro e Microdrenagem, que visa discutir as prioridades para combate a enchentes. Mapa que esse que este próprio Diário, por meio de pesquisa, publicou em janeiro.

Procurada pelo Diário, a Prefeitura de Mauá não retornou aos questionamentos até o fechamento desta edição.

Já o Ministério das Cidades reforçou que até a presente data já repassou para o município R$ 14,5 milhões para andamento da obra. 




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