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Mauá interdita 23 casas no Macuco
Fábio Munhoz
Renan Fonseca
06/01/2011 | 07:31
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A Defesa Civil de Mauá interditou 23 casas no Morro do Macuco, no Jardim Zaíra 6. As residências foram desocupadas após deslizamento de terra na noite de terça-feira, que matou mãe e filho. As famílias foram levadas para casa de amigos e parentes.

A previsão para os próximos dias é de mais chuva no Grande ABC. Por isso, segundo o capitão Eduardo Drigo da Silva, Coordenador regional da Defesa Civil, agentes devem permanecer no local para monitorar o morro, onde vivem cerca de 600 famílias. O Corpo de Bombeiros também está em alerta.

O acidente soterrou quatro pessoas que estavam em um barraco por volta das 19h30. Deise Trindade dos Santos, 34 anos e o filho Tauã, 11, morreram nos escombros. A irmã do garoto, Tainara, 13, e o tio dos menores, Carlos Santos, 24, foram resgatados pelos vizinhos. Os bombeiros levaram 12 horas para localizar os corpos.

O deslizamento foi provocado por uma forte chuva que atingiu a região. Outros pequenos deslizamentos afetaram mais residências.

Na manhã de ontem, a população se ajudava recolhendo pertences e acolhendo quem não podia mais entrar em casa.

O pastor Paulo Ferreira Santos, 61 anos, abriu as portas da pequena igreja para guardar móveis de quem ainda não sabia para onde ir. "É uma situação muito triste, mas vamos nos reunir todos os dias para orar por todos os que passaram por essa tormenta", falou.

ESPERANÇA
O pai das crianças, Edson Edmilson da Silva Lima, 37, estava na casa de um amigo quando o desastre aconteceu. Foi avisado pela irmã sobre o deslizamento. "Tinha outras casas lá e só a minha passou por esse desastre", lamentou.

Ele acompanhou todo o trabalho de resgate. Lima disse que demorou para compreender que havia perdido a mulher e a filha. "Mantinha esperanças de que minha família estaria viva. Demorou para entender que elas estavam mortas", declarou.

Abalado, o pai lembrou que nunca temeu deslizamentos. Ele morava há seis anos na mesma casa, mas seu medo maior era de inundação. "Nunca tinha visto alguma casa ser soterrada, por isso acreditava que não poderia acontecer com a gente", falou. O sepultamento de Deise e Tauã será realizado hoje, às 10h30, no cemitério Santa Lídia, em Mauá.




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