Setecidades Titulo IBGE
População regional tem alta de 0,63%
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
31/08/2016 | 07:00
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O Grande ABC ganhou 17.112 moradores no período de 1º de julho de 2015 e 2016. Juntas, as sete cidades concentram 2.736.683 munícipes, número 0,63% maior do que o observado no ano passado. Os dados integram a estimativa populacional divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Duas das sete cidades – São Bernardo e Santo André – continuam entre as dez mais populosas do País quando não consideradas as Capitais, na quinta e na sétima posições, respectivamente.

Caso fosse uma Capital, o Grande ABC estaria na quinta colocação no ranking nacional, atrás de cidades como Rio de Janeiro, Salvador e Brasília e à frente de Fortaleza. Conforme o IBGE, o Brasil tem 206,1 milhões de habitantes e taxa de crescimento de 0,80% entre 2015 e 2016.

O município de São Paulo continua sendo o mais populoso do País, com 12 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,5 milhões), Brasília e Salvador (2,9 milhões). O Estado de São Paulo, com 44,7 milhões de habitantes, concentra 21,7% da população brasileira.

Entre as sete cidades, todas registraram acréscimo populacional, com destaque para Rio Grande da Serra, o menor município, cujo número de moradores teve alta de 1,14% no período, passando de 48.302 pessoas para 48.861. Já o menor crescimento foi observado em Santo André, com variação de 0,36%. Neste caso, a quantidade de munícipes subiu de 710.210 para 712.749 (veja arte acima).

Conforme explica o coordenador da Cátedra Gestão de Cidades da Universidade Metodista de São Paulo, professor Luiz Silvério, os dados destacados pelo IBGE devem servir como base para a elaboração de políticas públicas por parte dos gestores. “Embora, lá atrás, o índice de crescimento (populacional) alcançasse 4%, é importante observar que a população não parou de crescer. Não é explosivo (o aumento), mas deve servir de alerta”, diz.

Na visão de Silvério, o crescimento do número de moradores entre as sete cidades obriga os gestores a estarem atentos à necessidade de resolver problemas relacionados à falta de moradia, Transporte, Educação e Saúde, por exemplo. “É preciso ampliar a capacidade de atendimento dos serviços básicos. Embora os números do IBGE não detalhem se o aumento está relacionado a nascimentos ou migração de famílias e saibamos que há uma saída significativa de pessoas do Grande ABC devido à crise na indústria, é preciso ter em mente que a população não parou de crescer”, ressalta.

Tendo em vista o momento de campanha política para as eleições de outubro, o especialista orienta os eleitores a avaliar, entre os candidatos, quem está preocupado com o município e tem projetos a médio prazo. “É preciso planejar e ter visão de futuro. Investir em projetos que ultrapassem a gestão de quatro anos”, considera Silvério.




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