A ação da quadrilha foi descoberta pela vendedora, que estranhou o fato de cinco mulheres demorarem muito tempo na loja e saírem sem passar pelo caixa. Elas estavam vestidas com jaquetas de nylon e colocavam os produtos furtados sob a roupa.

De acordo com um funcionário da loja, que ajudou a polícia a identificar as mulheres, a idéia era descobrir o lugar para onde elas levariam as roupas furtadas. “Seguimos as mulheres pelas ruas do Centro, sem que elas percebessem. Não demorou para que três delas corressem para o lado oposto da rua”, disse o funcionário, que preferiu não ser identificado.

No local, um homem estacionava o Passat amarelo. As três mulheres entraram no veículo e as outras duas seguiram pelo meio das pessoas que andavam no comércio do Centro da cidade.

O homem no Passat foi identificado como Vagner da Silva Florêncio, 37 anos. “Ele era o responsável por fazer o que se conhece na gíria dos bandidos como avião (pessoa que dirige o carro usado em uma ocorrência)”, disse o soldado Ricardo Bergamaschi.

As três mulheres foram identificadas pelo policial como Lucivânia Maria Santos de Carvalho, 23 anos, Kelly Cristina da Silva, 32, e Joane Francisco da Silva Araújo, 34. Na delegacia, Joane chegou a apresentar um documento em nome da irmã, Rosa Tânia da Silva de Oliveira, 32, mas a farsa foi descoberta pela polícia.

Segundo a soldado Marisete de Lara, as três e outras duas mulheres entraram na loja e andavam pelas gôndolas olhando as roupas e colocando as peças embaixo das jaquetas que vestiam. “Elas escondiam dentro das jaquetas tudo o que pegavam. Uma delas tirou a jaqueta e improvisou um saco para poder caber mais coisas.”

Entre os produtos furtados por elas estavam calcinhas, roupas infantis e masculinas. “Não dá para calcular o valor desse produto, pois não sabemos se as outras duas que fugiram também levaram alguma coisa com elas”, disse o funcionário.

Segundo informações da Polícia Militar, Kelly e Joane tinham passagem pela polícia por furto. Wagner e Lucivânia não tinham passagem. O caso foi registrado como furto qualificado e as três mulheres foram levadas para a cadeia feminina de São Bernardo e Wagner para cadeia pública de Ribeirão Pires. A polícia acredita que a prisão do grupo possa esclarecer uma série de furtos registrados por comerciantes do Centro da cidade.